Depois de, surpreendentemente, ter abandonado o mercado a única revista portuguesa dedicada à 7ª arte (faz no próximo mês um ano), ficámos entregues aos suplementos de cultura dos diversos jornais diários e semanais lusitanos, que insistemente nos dizem que o cinema de autor é o único que vai valendo alguma coisa, principalmente se forem reposições de clássicos, filmes de culto ou simplesmente obras-primas. A vantagem da revista Premiere era a variedade de críticos que a integravam. Da gente nova à antiga, cada um conseguia ter o seu público alvo e era salutar a diversidade de opiniões. Suplementos como o Ípsilon levam muito boa gente (não é o meu caso) a desinteressar-se pelo trabalho dos críticos, e por conseguinte, pelo cinema em geral, devido a uma superioridade, quase obsessiva, expressa em alguns dos textos que levam os mais leigos ou desinformados a desvalorizar o trabalho do crítico e do cineasta. Apesar de ser um leitor assíduo do dito suplemento, convivo com bastante gente que o começou a olhar cada vez mais de lado, como fazem as galinhas. Opiniões à parte, mas redundando na expressão proferida anteriormente, o último caso foi o do novo Batman, que levou 2 em 5, de 3 dos críticos (o outro deu 4), sendo, sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes de acção dos últimos anos, ou décadas (opinião generalizada em todo globo). Os problemas principais são o facto do género de acção ser tomado normalmente por bastardo e de se tratar do maior blockbuster dos últimos tempos. A verdade é que são dois factores que não usam trazer muito à 7ª arte, mas temos que separar as águas e reconhecer o que é bom, ao invés de nos refugiarmos em palavras como: o cenário não parece o da BD (então conseguiu o que queria), o argumento é muito complexo (vai ver outra vez), o filme é muito longo (larga o Xanax), o Joker não deixa o Batman ser o protagonista (é suposto serem os dois, palerma), faz-me lembrar este filme e aquele (fazes-me lembrar o adjectivo ressabiado). Isto tudo porque existe uma nova revista, a Take, mas, por enquanto, só na net. Não é assim tão nova porque já vai sair a nº7 em Setembro, mas só descobri há pouco tempo. Ainda não vi bem, mas boa ou não sempre é alguma coisa e tem umas quantas rubricas interessantes.
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2 comentários:
Ia ser mesmo esse o meu proximo post, a take magazine.Mas pronto antecipaste-te. Viva o Batman e o Joker. E já agora vão ver o Aquele Querido mês de Agosto, melhor filme tuga do ano de certeza. Este blog cada vez mais é só cinema.
Ainda não deve dar pra sacar o pimba no Portugal profundo, pois não? Também curtia ver, depois de falarem tanto. Vou tentando pôr alguma coisa nas outras secções, mas previlegio a que me era destinada :) Não se vêem muitos colaboradores por aqui :(
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