Outro amigo meu, um miúdo da escola, o seu irmão mais velho da marinha contou-lhe como os tipos do médio oriente tocam uma de forma diferente da que nós usamos. O irmão dele está estacionado num país com camelos qualquer onde nos mercados públicos vendem o que podiam ser abridores de carta bonitos. Cada uma destas ferramentas consiste numa vara muito fina de latão ou prata polida, grande como a tua mão, com uma grande ponta no fim, uma bola de metal ou o tipo de pega decorada que se encontram nas espadas. Este irmão marinheiro diz conta como os árabes põe a sua pila dura e enfiam a varinha de metal a todo comprimento da erecção dentro da pila. Eles batem uma com a vara lá dentro e isso faz com que a masturbação seja muito melhor. Mais intensa. É este irmão que viaja à volta do mundo, enviando frases francesas. Frases russas. Dicas de masturbação úteis. Após isto, o irmão mais novo, um dia não aparece na escola. Nessa noite liga para perguntar se posso mandar-lhe os trabalhos de casa nas próximas semanas. Porque ele está no hospital. Ele tem de partilhar o quarto com velhos que vão fazer operações às tripas. Ele diz como todos têm de partilhar a mesma televisão. Tudo o que ele tem para manter a privacidade é uma cortina. Os pais não o vêm visitar. Ao telefone ele diz como os pais estão capazes de matar o irmão marinheiro dele. Ao telefone, o miúdo diz-me como—no dia anterior—ele estava um bocado pedrado. Em casa, no seu quarto, estava deitado na cama. Ele estava a acender uma vela e a folhear algumas revistas pornográficas antigas, a preparar-se para se bater uma. Isto foi depois de ter falado com o irmão. Aquela dica útil acerca de como os árabes se masturbam. O miúdo olha em volta à procura de uma coisa que possa cumprir a mesma função. Uma caneta é grande demais. Um lápis também é grande e irregular. Mas, a pingar do lado da vela está um bocado fino e liso de cera que é capaz de ser suficiente. Com a ponta de um dedo este puto parte o longo pedaço da vela. Ele enrola-o na palma das mãos. Longa e lisa e fina. Pedrado e cheio de vontade ele mete-o lentamente para baixo, cada vez mais fundo dentro do buraquinho do mijo da sua erecção. Com um bom pedaço de cera ainda do lado de fora ele mete mãos ao trabalho. Mesmo agora, ele diz que os Árabes são espertos como o caraças. Eles reinventaram completamente a masturbação. Na horizontal na sua cama, as coisas estão a ficar tão boas que este puto não consegue prestar atenção à cera. Ele está a uma boa apertadela de libertar a sua carga quando a cera já não aparece do lado de fora. A varinha fina de cera escorregou para dentro. Totalmente para dentro. Tão fundo para dentro que ele nem consegue sentir o alto dentro do seu tubo do mijo. No andar de baixo a mãe grita que é hora de jantar. Ela diz para ele descer, imediatamente. Este miúdo da cera e o miúdo da cenoura são pessoas diferentes, mas todos nós vivemos basicamente a mesma vida. É depois do jantar que as entranhas deste miúdo começam a doer. É cera, portanto ele imaginou que talvez derrete-se no seu interior e ele a mijasse. Agora as costas doem. Os rins. Ele não consegue andar direito. Este miúdo a falar ao telefone da cama de hospital, ao fundo consegues ouvir campainhas a tocar, pessoas a gritar. Concursos televisivos. O raio-X mostra a verdade, alguma coisa longa e fina, dobrada duas vezes dentro da sua bexiga. Este longo e fino V dentro dele está a recolher todos os minerais do seu mijo. Está a crescer e a ficar mais áspero, com uma capa de cristais de cálcio, está a saltar de um lado para o outro, rasgando o interior frágil da sua bexiga. Bloqueando o caminho do mijo. Os seu rins estão sobrecarregados. O pouco que escorre da sua pila é vermelho com sangue. Este puto, com os seus pais, a sua família inteira a olhar para o raio-x negro, com o médico e as enfermeiras ali de pé, o grande V branco de cera a brilhar para todos verem, ele tem de dizer a verdade. A forma como os Árabes se masturbam. O que o irmão lhe escreveu da marinha. Ao telefone, neste momento, ele começa a chorar. Pagaram pela operação à bexiga com o dinheiro da conta destinada a pagar a faculdade. Um erro estúpido e agora ele nunca será um advogado. Enfiar cenas dentro de ti. Enfiares-te a ti dentro de cenas. Uma vela na tua pila ou a tua cabeça numa forca, nós sabíamos que iria dar problemas.
Por Chuck Palahniuk
Por Chuck Palahniuk
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