quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mentes Brilhantes?... Tonino Guerra!

Já aqui falei da revista Premiere que voltou ao activo. Muitos parabéns pelo esforço que fizeram para termos uma publicação mensal sobre cinema, coisa única no país. Não posso é deixar de falar dum especial da última edição: 13 Mentes Brilhantes. Como curioso, tratei logo de ler o artigo de José Vieira Mendes (jornalista que tem um blogue chamado O Mourinho da Cultura:) que nos apresenta 13 argumentistas, pelo título brilhantes, tocando as suas virtudes e defeitos, em 3 páginas com algumas fotos. Ao que parece só quis falar de pessoas no activo, algumas com incursões na realização, mas raramente significativas. Começa por falar do "mestre" Robert McKee que apenas escreveu episódios das séries Abraham (1994) e Columbo (1979), fantástico. Para não me alongar muito vou agora meter alguns no mesmo saco. Fala dos argumentistas de Arma Mortífera, o Último Grandes Herói, Scream, as sequelas e os outros iguais com nome diferente, Instinto Fatal, Acossada, Showgirls, Jogo de Traições, O Suspeito da Rua Arlington, e por aí fora. Depois fala dos que escrevem os blockbusters: Spiderman, Missão Impossível, Guerra dos Mundos, Jurassic Park, O Código da Vinci, Cinderella Man, Uma Mente Brilhante (estes últimos tudo adaptações de sucessos literários). Fala do angolano João Nunes que escreveu dois telefilmes, A Selva, Tiro no Escuro, O Julgamento, Assalto ao Santa Maria e agora a série que passa na RTP, Liberdade 21. Quem sobra? Brad Bird, o homem por trás de Ratatui, The Incredibles e o Gigante de Ferro. Eric Roth: Forrest Gump, Munique e o novo de Fincher, The Curious Case of Benjamim Button. Alvin Sargent que escreveu Paper Moon, Ordinary People e The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds. Guillermo Arriaga que escreveu para Iñarritu, Amores Perros, 21 Gramas e Babel. E ainda Charlie Kaufman: Being John Malkovich, Adaptation, The Eternal Sunshine of the Spotless Mind e o novo Synecdoche, New York. Não me parece grande lista, tendo em conta que são poucos os grandes filmes, em comparação com os maus. Nomes como Woody Allen, Tarantino ou Oliver Stone ficaram de fora, talvez por serem mais conhecidos como realizadores. Outros como Bergman, Fellini ou Cassavetes também não constam talvez pela mesma razão ou por já não andarem por cá. Ou talvez o cinema de autor não conte para as contas. Eu acho que sim e Tonino Guerra é um dos que merece estar na lista. Tem 88 anos e ainda não se reformou. Trabalhou com nomes como Antonioni, Fellini, De Sica, Rosi, os irmãos Taviani, Tarkovky ou Angelopoulos. Assinou cerca de 100 argumentos e ao menos o óscar honorário vinha a calhar, enquanto é tempo. Em baixo, 10 grandes filmes com argumento de Tonino Guerra, para não pôr mais.

L'Avventura (1960)

La Notte (1961)

L'Eclisse (1962)

Il Deserto Rosso (1964)

Il Caso Mattei (1972)

Amarcord (1973)

Nostalghia (1983)

E La Nave Va (1983)

Kaos (1984)

Topio Stin Omichli (1988)

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