Alex Gibney, que ganhou este ano o óscar para melhor documentário com Taxi to the Dark Side (um olhar sobre a política Bush no Afganistão, Iraque e Baía de Guantanamo, com especial incidência num taxista afegão que foi torturado e assassinado em 2002), prepara-se para lançar já em Dezembro, Gonzo: The Life and Work of Dr. Hunter S. Thompson. Como dá para preceber é mais um documentário, desta feita biográfico, sobre o jornalista mais marado dos States, com clips nunca antes vistos ou ouvidos, vídeos caseiros, cassetes áudio e manuscritos que ficaram por publicar, sobre o pai do jornalismo Gonzo. Hunter Stockton Thompson tornou-se desde cedo um adolescente problemático. Filho de pais alcoólicos, foi preso por roubo e obrigado a alistar-se na Força Aérea onde começou a trabalhar como jornalista. Mais tarde estudou escrita na Universidade de Columbia e teve uma série de empregos donde foi despedido, invariavelmente por insubordinação, numa altura em que o seu estilo de vida se inspirava no da Beat Generation. Tornou-se freelancer, andou pela América do Sul e Central, e atingiu o primeiro grande sucesso em 1965. Passou um ano no seio do famoso grupo de motoqueiros fora-da-lei de San Francisco, os Hell's Angels, e escreveu um livro que retrata o gang até ao osso e que é considerado um clássico do Novo Jornalismo.
Como membro da contra-cultura e da comunidade hippie de San Francisco, a segunda metade dos anos 60 trouxe as drogas (para juntar ao alcoól), nomeadamente o LSD e a mescalina, o que não demorou a originar o extravagante estilo Gonzo. O primeiro artigo foi publicado em 1970 para a revista Scandal's Monthly. Hunter tinha sido contratado para cobrir uma corrida de cavalos que acontecia há mais de 100 anos na sua cidade natal, Louieville. Apanhou uma borracheira de 4 dias, nem chegou a saber quem ganhou a corrida, mas escreveu na mesma o artigo onde criticava acidamente a sociedade sulista dos Estados Unidos, cheio de interferências do autor, sem ojectividade jornalistica e sem se distinguir entre autor e sujeito da narrativa. Estava iniciado o jornalismo Gonzo, sem distinção entre autor e sujeito e entre ficção e não-ficção. Depois começou a trabalhar para a Rolling Stone, tornou-se num dos maiores críticos de Nixon e mais tarde de Bush. Chegou a ser preso por posse de drogas, já nos anos 90, altura em que vivia recluso num sitio fortificado perto de Aspen e deu um tiro de espingarda na cabeça no dia 20 de Fevereiro de 2005. Durante todos estes anos sempre escreveu artigos, ensaios, contos e até romances. Talvez o mais conhecido seja o Fear and Loathing in Las Vegas que já foi adaptado por duas vezes ao cinema. A segunda versão, e melhor, realizada pelo visionário Terry Gilliam tornou-se um filme de culto, com Johnny Depp no papel de Raoul Duke (alter-ego the hunter) acompanhado de Benicio Del Toro, a caminho de Las Vegas com a mala do carro cheia de cocaína, LSD, erva, éter, mescalina e uma grande variedade de ácidos. Outro livro dele, The Rum Diary, também vai ser adaptado ao cinema, e é o seu amigo Depp que anda a tratar disso. De volta a Alex Gibney e ao seu documentário (também é o Depp o narrador), não é o primeiro sobre Thompson, é verdade, mas quem já viu diz que vale bem a pena. Tomem lá com o trailer.
Como membro da contra-cultura e da comunidade hippie de San Francisco, a segunda metade dos anos 60 trouxe as drogas (para juntar ao alcoól), nomeadamente o LSD e a mescalina, o que não demorou a originar o extravagante estilo Gonzo. O primeiro artigo foi publicado em 1970 para a revista Scandal's Monthly. Hunter tinha sido contratado para cobrir uma corrida de cavalos que acontecia há mais de 100 anos na sua cidade natal, Louieville. Apanhou uma borracheira de 4 dias, nem chegou a saber quem ganhou a corrida, mas escreveu na mesma o artigo onde criticava acidamente a sociedade sulista dos Estados Unidos, cheio de interferências do autor, sem ojectividade jornalistica e sem se distinguir entre autor e sujeito da narrativa. Estava iniciado o jornalismo Gonzo, sem distinção entre autor e sujeito e entre ficção e não-ficção. Depois começou a trabalhar para a Rolling Stone, tornou-se num dos maiores críticos de Nixon e mais tarde de Bush. Chegou a ser preso por posse de drogas, já nos anos 90, altura em que vivia recluso num sitio fortificado perto de Aspen e deu um tiro de espingarda na cabeça no dia 20 de Fevereiro de 2005. Durante todos estes anos sempre escreveu artigos, ensaios, contos e até romances. Talvez o mais conhecido seja o Fear and Loathing in Las Vegas que já foi adaptado por duas vezes ao cinema. A segunda versão, e melhor, realizada pelo visionário Terry Gilliam tornou-se um filme de culto, com Johnny Depp no papel de Raoul Duke (alter-ego the hunter) acompanhado de Benicio Del Toro, a caminho de Las Vegas com a mala do carro cheia de cocaína, LSD, erva, éter, mescalina e uma grande variedade de ácidos. Outro livro dele, The Rum Diary, também vai ser adaptado ao cinema, e é o seu amigo Depp que anda a tratar disso. De volta a Alex Gibney e ao seu documentário (também é o Depp o narrador), não é o primeiro sobre Thompson, é verdade, mas quem já viu diz que vale bem a pena. Tomem lá com o trailer.
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