"Pedra sobre pedra, corpo sobre alma, vidas… como diria o Xandão. A nostalgia é um poço sem saída, uma redoma, um buraco negro, daqueles sem pêlos à volta. A anti-matéria não tem lugar na existência dos que vivem. Os anátemas, esses, simbióticos, quando conseguem, não são mais que párias alarves da vivência humana. A anti-matéria anátema, uma miragem do céu divino, sem serpentes de carácter serpentino dispostas a ovar em terras de Jerusalém, não passa duma história para adultos, ou indivíduos com mais de 30, empenhados em deixar testemunho do que ficou por fazer, certo ou errado, à imagem do Senhor, seja ele qual for. Ainda jovens, pesos mortos, com reflexos de integridade, pensam eles, ou refracções de permissividade, pensam eles, os que pensam, seguem em frente, indiferentes, não, incogniscentes de que as virgulas são demasiadas quando lhes parecem necessárias. As pedras partem, até com água, como diz o ditado, demora é tempo, o tal que escassa quando urge. Redundâncias à parte, a pedra e o tempo têm passados comuns, mas ao contrário do ovo e da galinha, sabemos qual nasceu primeiro. Dum corpo erradio, uma alma irradia sofrimento espargido em sua volta. Desventrado, desossado, desalmado, desgostoso, desanimado, desenterrado e desconfiado por um dia. Reanimado, recuperado, restabelecido, reavivado, rejuvenescido, reeducado, vejam bem, restaurado e retratado um dia depois. Para um mudar é necessário mudarem os dois. Pedra no assunto e água para os bois."
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