O novo projecto de Steven Soderbergh já foi exibido em Cannes e há dias no New York Film Festival. Ernesto "Che" Guevera de la Serna volta ao grande ecrã num projecto ambicioso de Soderbergh, um épico histórico de 257 minutos, que demorou cerca de oito anos a ser preparado e 3 "Oceans" para ser pago. O filme tem sido apresentado por inteiro, com um intervalo de 30 minutos, mas ao que tudo indica será comercializado em duas partes, devido à sua longa duração: The Argentine e Guerrilla. Benicio Del Toro é o protagonista e apontado como um óbvio candidato a levar a estatueta para casa. A primeira parte é baseada nas memórias de Che, "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War" e fala da revolução que liderou em Cuba, derrubando o ditador Fugencio Batista em 1959. O segundo, baseado no seu diário "Bolivian Diary", conta-nos como, quase uma década depois, Che tenta fazer nova revolução, desta feita na Bolivia, mas não sendo bem sucedido, acaba por ser preso e executado. Apesar de ambas as partes seguirem o líder e a suas guerrilhas através de terrenos perigosos ou intransitáveis, em busca da melhor estratégia de ataque, a primeira é apontada como um filme mais de acção enquanto que a segunda puxa mais ao thriller. Géneros à parte, Soderbergh traz-nos um filme político que começou logo por criar discussões. Muitos acham que o lado mais violento de Che não foi devidamente retratado, deixando a imagem de herói que os putos de 15 anos trazem nas camisolas, sem conhecerem a verdadeira história. "Shake things up" diz Soderbergh. Como nisto há sempre a história do dinheiro, só chega ás salas em Dezembro. Ainda dá para ver, quem não viu, o Diarios de Motocicleta de Walter Salles, bastante bom por sinal, como prequela do que aí vem, já que se trata, mais uma vez, duma adaptação dos diários de Che. Fica o trailer.
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