Porque é que tinha que acabar agora que quarenta dias haviam já passado? Era capaz de aguentar muito mais, aguentava infinitamente; porquê acabar no melhor momento, ou antes mesmo de atingir o melhor momento de jejum? Porque é que o privavam da glória de poder continuar a jejuar, de ser não só o maior artista da fome de todos os tempos, que provavelmente já era, mas de se superar a si próprio, até ao inconcebível, dado que não encontrava limites para a sua capacidade de jejum. Porque é que esta gente que dizia tanto o admirar, porque tinham eles tão pouca paciência; se ele era capaz de suportar o prolongamento do jejum, porque não eram eles também capazes de o fazer? Além disso estava cansado, estava confortavelmente sentado na palha e obrigavam-no a levantar-se e a aproximar-se da comida que só de imaginá-la lhe subiam os vómitos que com esforço continha por respeito para com as senhoras. E olhava para cima, olhava para os olhos das senhoras aparentemente amáveis mas na verdade cruéis e abanava a cabeça demasiado pesada para o fraco pescoço que a sustentava. Acontecia então o que sempre acontecia. O empresário aproximava-se, levantava silencioso - a música não permitia qualquer discurso - os braços por trás do artista da fome como se convidasse o céu a observar a sua obra aqui sentada no meio da palha, este mártir lamentável que o artista da fome era de facto mas num sentido completamente diferente; agarrava o artista da fome pela cintura fina e exagerando o cuidado com que o fazia tentava criar a ilusão de que segurava um objecto altamente delicado; e entregava-o - isto depois de o sacudir um pouco sem que o público o notasse, fazendo com que as pernas e o tronco do artista da fome baloiçassem para um lado e para o outro - às senhoras que entretanto tinham ganho uma palidez de defuntas. Nesta altura o artista da fome já a tudo se submetia; deixara cair a cabeça sobre o peito e era como se se tivesse enrolado sobre si próprio e assim se mantivesse inexplicavelmente; o corpo escavado; as pernas, apertadas uma contra a outra ao nível dos joelhos em instinto de conservação, raspavam o chão como se aquele não fosse o chão verdadeiro, como se ainda procurassem o verdadeiro chão; e todo o peso, peso por sinal levíssimo, do seu corpo repousava sobre uma das senhoras que, à procura de ajuda, a respiração ofegante - não fora assim que imaginara o cargo honorário - começava por endireitar o pescoço o mais possível para evitar que pelo menos o seu rosto tocasse no do artista da fome, mas depois, sentindo que a experiência falhava e que a sua colega, mais feliz, em lugar de a ajudar, se limitava a segurar a medo a mão do artista da fome, esse pequeno embrulho de ossos, a senhora rompia em lágrimas que escorriam sob as gargalhadas entusiastas da sala até que um funcionário, já há muito preparado para o efeito, dali a levava. Vinha então a comida que o empresário enfiava na boca do artista da fome adormecido numa espécie de sono que mais parecia um desmaio; e ao mesmo tempo que o alimentava, o empresário falava animadamente esforçando-se por desviar a atenção do público do estado em que o artista da fome se encontrava; pedia-se depois ao público um brinde, pedido que teria sido supostamente sussurrado pelo artista da fome ao ouvido do empresário; a orquestra reforçava tudo isto com uma grande fanfarra, as pessoas dispersavam e ninguém tinha o direito de se considerar descontente com aquilo a que acabara de assistir, ninguém, tirando o artista da fome, sempre e apenas ele.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Um Artista da Fome - Parte III
Porque é que tinha que acabar agora que quarenta dias haviam já passado? Era capaz de aguentar muito mais, aguentava infinitamente; porquê acabar no melhor momento, ou antes mesmo de atingir o melhor momento de jejum? Porque é que o privavam da glória de poder continuar a jejuar, de ser não só o maior artista da fome de todos os tempos, que provavelmente já era, mas de se superar a si próprio, até ao inconcebível, dado que não encontrava limites para a sua capacidade de jejum. Porque é que esta gente que dizia tanto o admirar, porque tinham eles tão pouca paciência; se ele era capaz de suportar o prolongamento do jejum, porque não eram eles também capazes de o fazer? Além disso estava cansado, estava confortavelmente sentado na palha e obrigavam-no a levantar-se e a aproximar-se da comida que só de imaginá-la lhe subiam os vómitos que com esforço continha por respeito para com as senhoras. E olhava para cima, olhava para os olhos das senhoras aparentemente amáveis mas na verdade cruéis e abanava a cabeça demasiado pesada para o fraco pescoço que a sustentava. Acontecia então o que sempre acontecia. O empresário aproximava-se, levantava silencioso - a música não permitia qualquer discurso - os braços por trás do artista da fome como se convidasse o céu a observar a sua obra aqui sentada no meio da palha, este mártir lamentável que o artista da fome era de facto mas num sentido completamente diferente; agarrava o artista da fome pela cintura fina e exagerando o cuidado com que o fazia tentava criar a ilusão de que segurava um objecto altamente delicado; e entregava-o - isto depois de o sacudir um pouco sem que o público o notasse, fazendo com que as pernas e o tronco do artista da fome baloiçassem para um lado e para o outro - às senhoras que entretanto tinham ganho uma palidez de defuntas. Nesta altura o artista da fome já a tudo se submetia; deixara cair a cabeça sobre o peito e era como se se tivesse enrolado sobre si próprio e assim se mantivesse inexplicavelmente; o corpo escavado; as pernas, apertadas uma contra a outra ao nível dos joelhos em instinto de conservação, raspavam o chão como se aquele não fosse o chão verdadeiro, como se ainda procurassem o verdadeiro chão; e todo o peso, peso por sinal levíssimo, do seu corpo repousava sobre uma das senhoras que, à procura de ajuda, a respiração ofegante - não fora assim que imaginara o cargo honorário - começava por endireitar o pescoço o mais possível para evitar que pelo menos o seu rosto tocasse no do artista da fome, mas depois, sentindo que a experiência falhava e que a sua colega, mais feliz, em lugar de a ajudar, se limitava a segurar a medo a mão do artista da fome, esse pequeno embrulho de ossos, a senhora rompia em lágrimas que escorriam sob as gargalhadas entusiastas da sala até que um funcionário, já há muito preparado para o efeito, dali a levava. Vinha então a comida que o empresário enfiava na boca do artista da fome adormecido numa espécie de sono que mais parecia um desmaio; e ao mesmo tempo que o alimentava, o empresário falava animadamente esforçando-se por desviar a atenção do público do estado em que o artista da fome se encontrava; pedia-se depois ao público um brinde, pedido que teria sido supostamente sussurrado pelo artista da fome ao ouvido do empresário; a orquestra reforçava tudo isto com uma grande fanfarra, as pessoas dispersavam e ninguém tinha o direito de se considerar descontente com aquilo a que acabara de assistir, ninguém, tirando o artista da fome, sempre e apenas ele.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
POSH e Becks em BD
Judas Priest, Megadeth e Testament
A novidade é a Priest Feast, uma digressão que conta com as três bandas e que vai precorrer a Europa em Fevereiro e Março. A novidade foi adiantada pelo Blitz. Segundo o site oficial dos Megadeth, a digressão passa por Portugal dia 17 de Março de 2009 no Pavilhão Atlântico. Quem estiver interessado vai poder comprar os bilhetes a partir de 21 de Outubro.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Um Artista da Fome - Parte II
Esta era aliás uma das várias suspeitas indissociáveis do jejum. Ninguém, por exemplo, era capaz de passar todas as noites e todos os dias a vigiar ininterruptamente o artista da fome e, assim sendo, ninguém podia confirmar com os seus próprios olhos se de facto se tinha jejuado ininterruptamente e sem falhas; apenas o artista da fome o podia confirmar, era ele portanto o único espectador capaz de se satisfazer plenamente com o seu jejum. Contudo, e por uma razão diferente, o artista da fome nunca ficava satisfeito; talvez não tivesse emagrecido por causa do jejum - tanto que havia quem, para seu próprio desconsolo, fosse incapaz de assistir ao espectáculo por não suportar tal visão - mas por causa da insatisfação que sentia consigo mesmo. De facto, só ele sabia, e nem os mais aficionados o sabiam, como era fácil jejuar. Era a coisa mais fácil do mundo. Não o escondia, mas ninguém acreditava, acusavam-no de estar a ser modesto ou, a maior parte das vezes, de querer chamar a atenção ou até mesmo de ser um aldrabão para quem jejuar era fácil porque encontrara uma maneira fácil de o fazer, um aldrabão que tinha ainda por cima o descaramento de quase o admitir. A tudo isto tinha que se sujeitar e com o passar dos anos acabara mesmo por se habituar, mas esta insatisfação corroía-o por dentro e jamais depois dum período de jejum - e esta verdade tinha que lhe ser concedida -, jamais deixara a jaula de livre vontade. O empresário fixara o tempo máximo de jejum em quarenta dias, após os quais sempre o proibira de jejuar, mesmo nas grandes metrópoles, e isto por uma boa razão. É que durante quarenta dias, e com uma intensificação progressiva da publicidade, conseguia-se normalmente manter o interesse de uma cidade, mas a partir daí o público recuava e a afluência decaía; é claro que havia pequenas diferenças entre as várias cidades e países mas a regra aplicada era a do limite de quarenta dias. Ao quadragésimo dia era então aberta a porta da jaula decorada com flores, uma multidão entusiasmada enchia o anfiteatro, tocava uma banda militar, dois médicos entravam na jaula para tomar as necessárias medidas ao artista da fome, o resultado era anunciado a toda a sala por um megafone e aproximavam-se duas jovens senhoras, todas felizes por terem sido elas as eleitas, e tentavam conduzir o artista da fome para fora da jaula e descer com ele uns degraus até uma mesa onde o esperava uma refeição cuidadosamente seleccionada. E nesta altura o artista da fome protestava sempre. Ainda apoiava de livre vontade os seus braços esqueléticos nas mãos que as senhoras debruçadas lhe estendiam prestavelmente, mas recusava-se a levantar.
Hail! Halle "Sweet" Berry!
"You know that stuff they say about a woman being responsible for her own orgasms? That's all true, and, in my case, that makes me responsible for pretty damn good orgasms.
"(They're) much better orgasms than when I was 22, and I wouldn't let a man control that. Not anymore. Now, I'd invite them to participate.
"I've learned my tricks. I know what I like. I do not wait around. I initiate. And I'm not all about frequency; I favour intensity."
Depois no programa da Oprah:
"I was astonished. I was like, 'I've just had a baby. Don't you guys know..? This isn't the year to pick me for this.'
"I thought, 'Well, you know, it might be a really good year to talk about some things and talk about what sexy really is.'"
"When I mentioned the big 'O' I'm sure when people first read it (article), they thought I was about to talk about Oprah."
"Men in their 20s? Forget it."
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Um Artista da Fome - Parte I
O interesse por artistas da fome diminuiu muito nas últimas décadas. Se antigamente a organização por conta própria deste tipo de espectáculos trazia o seu lucro, hoje em dia isso seria absolutamente impossível. Os tempos eram outros. Na altura toda a cidade seguia o artista da fome; a cada dia do seu jejum aumentava a afluência; todos queriam ver o artista da fome ao menos uma vez por dia; nos últimos dias inscreviam-se pessoas para poderem ficar sentadas o dia inteiro em frente à pequena jaula; até durante a noite, à luz de archotes que aumentavam o efeito, apareciam visitantes; em dias de sol trazia-se a jaula para o exterior para que o artista da fome fosse mostrado às crianças; se para os adultos o espectáculo não passava de um divertimento no qual participavam porque estava na moda, as crianças, por seu lado, estarrecidas, as bocas abertas, segurando as mãos umas das outras para se sentirem mais seguras, as crianças observavam a palidez do artista da fome, observavam o maillot preto por trás da qual sobressaíam poderosas as suas costelas, observavam-no sentado na palha, visto que rejeitava qualquer cadeira, a acenar de tempos a tempos por cortesia, viam-no responder a perguntas com um sorriso forçado, a esticar o braço para que lhe pudessem sentir a magreza, mas logo se afundando em si próprio, porque todos lhe eram indiferentes, até mesmo o bater, para ele tão importante, do relógio, única mobília da jaula, limitava-se a olhar em frente, de olhos quase fechados e a bebericar aqui e ali de um minúsculo copito de água para humedecer os lábios.
Além dos diferentes espectadores que iam passando, havia também uns guardas permanentes, normalmente e curiosamente talhantes de profissão, que eram escolhidos pelo público e que tinham por função vigiar o artista da fome dia e noite, e sempre três de cada vez, para que ele não pudesse de maneira nenhuma ingerir qualquer alimento. Isto não passava porém de uma formalidade introduzida para satisfação das massas, dado que os verdadeiros aficionados sabiam perfeitamente que durante o período de jejum o artista da fome nunca, sob quaisquer circunstâncias, nem sequer se a tal fosse forçado, comeria a mais pequena migalha; proibia-o a honra da sua arte. Claro que nem todos os guardas eram capazes de o compreender, havia grupos de vigia nocturna que executavam o seu trabalho de forma desleixada, sentavam-se a jogar às cartas num canto propositadamente afastado com o objectivo de conceder ao artista da fome um pouco de descanso que, pensavam eles, seria por ele utilizado para sacar de umas provisões secretas. Este era o tipo de guardas que mais torturava o artista da fome; entristeciam-no; ficava-lhe muito mais difícil jejuar; por vezes suplantava a sua debilidade e cantava durante todo o tempo que durava a vigília, cantava até não mais poder para mostrar às pessoas como eram injustas as suas suspeitas. Mas isto de pouco lhe servia; os guardas ficavam apenas impressionados com a habilidade do artista da fome que era capaz de comer enquanto cantava. Gostava muito mais daqueles guardas que se sentavam bem junto às grades, e que, não satisfeitos com a sombria luz nocturna da sala, o iluminavam com lanternas eléctricas postas à sua disposição pelo empresário. A forte luz não o incomodava, fosse como fosse não dormia e de qualquer das formas era sempre capaz de dormitar sob qualquer iluminação e a qualquer hora, mesmo numa sala sobrelotada e barulhenta. Estava disposto a passar a noite acordado com esses guardas; estava disposto a divertir-se com eles, a contar-lhes histórias da sua vida nómada e a ouvir também as histórias deles, tudo isso para os manter acordados, para lhes poder mostrar que não guardava nada de comestível dentro da gaiola e que jejuava como nenhum deles era capaz. O maior momento de felicidade chegava contudo com a manhã e com um pequeno-almoço cujo custo era suportado pelo próprio artista da fome e ao qual os guardas se atiravam com o apetite de homens saudáveis após uma longa noite de vigília. Havia apesar de tudo quem quisesse ver neste pequeno-almoço uma tentativa corrupta de subornar os guardas, mas isso já era ir longe demais, e quando lhes perguntavam se, em nome da causa, eram capazes de fazer a vigia da noite sem pequeno-almoço, esquivavam-se na resposta, mantendo porém teimosamente as suas suspeitas.
Jerry Seinfeld - Parte II
domingo, 19 de outubro de 2008
Duck Soup
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Radiohead e Tuga Rock
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Trailer Recut
The Shining
Superbad
The Terminator
The Dark Knight Toy Story 2
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Berlim: Reconstrução Crítica
"BERLIM: Reconstrução Crítica 4-8 NOV 08 PORTO Livro / Ciclo de Cinema / Seminário Internacional de Arquitectura No momento em que se aproximam os 20 anos da Queda do Muro, "BERLIM: Reconstrução Crítica" pretende ser um espaço de debate sobre a história da arquitectura e do urbanismo do século XX, através da reflexão crítica da mítica experiência urbana de Berlim. O sub-título do evento 'Reconstrução Crítica' remete para duas interpretações - uma alusão directa ao método de planeamento urbano Kritischer Rekonstruktion desenvolvido pelo arquitecto Josef Paul Kleihues, nos anos 80, durante a Internationale Bauausstellung – IBA; e uma vontade de reconstruir criticamente Berlim, de regressar à sua história, aos seus dilemas, às suas polémicas, reavaliando e debatendo os seus resultados.
Ciclo de Cinema / Cinema Passos Manuel / 4-7 NOV 08 O Ciclo de Cinema apresenta um conjunto óbvio de quatro filmes incontornáveis, pontos de referência na linha da história de Berlim, que serão analisados e contextualizados por intelectuais apaixonados pelo cinema e pela cidade.
Seminário Internacional de Arquitectura / Auditório de Serralves / 8 NOV 08 Através da leitura crítica do caso urbano de Berlim, um notável painel de conferencistas irá partilhar e debater a sua experiência de confronto com a densa história da cidade, procurando criar um plano de reflexão comum que sirva de base a outras questões. Berlim surge assim como pretexto, como um óculo através do qual poderemos reflectir sobre a cidade contemporânea, focando, por exemplo, a memória e a identidade de uma cidade confrontada com a destruição, como o Ground Zero em Nova Iorque ou o Chiado em Lisboa.
'BERLIM: Reconstrução Crítica' / Edição Circo de Ideias O Livro apresenta textos de reflexão ou projectos para Berlim da autoria dos participantes presentes no seminário e ciclo de cinema."
04/11/08 - 21h30
Berlim, Sinfonia de uma Grande Cidade
Walter Ruttman, 1927
Analisado por Nuno Portas
05/11/08 - 21h30
Germania, Anno Zero
Roberto Rosselini, 1947
analisado por Abílio Hernandez Cardoso
06/11/08 - 21h30
Asas do Desejo
Wim Wenders, 1987
Analisado por Pedro Barreto
07/11/08 - 21h30
Berlin Babylon
Hubertus Siegert, 2001
Analisado por Hubertus Siegert
O seminário do dia 8 de Novembro, estende-se das dez da manhã às oito da noite e encontra-se dividido em três sessões:
Sessão 1 - Memória e Identidade em Berlim, moderado por Jorge Figueira.
Sessão 2 - Projectar em Berlim, moderado por Luís Tavares Pereira
Sessão 3 - Política Urbana em Berlim, moderada por Nuno Grande
A participação no seminário internacional "Berlim: Reconstrução Crítica" confere 3 créditos de formação obrigatória opcional, conforme previsto no Regulamento de Admissão na Ordem dos Arquitectos. Para mais informações consultem o blog. Para se inscreverem carreguem aqui.
domingo, 12 de outubro de 2008
5 Trailers
The Tale of Despereaux
Mais uma comédia levezinha sobre a vinicultura e a enologia. Este filme independente, foi uma das surpresas do Festival de Sundance, com inevitáveis comparações com Sideways. Dizem que o Alan Rickman mete piada... humm...
Bottle Shock
O realizador the American Beauty e Road to Perdition, Sam Mendes, volta a juntar a dupla de Titanic neste drama intenso, passado nos anos 50, sobre uma família que se esforça por ultrapassar os problemas em casa e no trabalho. DiCaprio e Winslet, dois dos jovens actores mais apreciados pela academia, têm entre mãos papéis que lhes podem valer mais uma nomeação. A história é uma adaptação da obra do premiado Richard Yates e tem estreia marcada para Janeiro, mesmo à beirinha dos Óscares.
Revolutionary Road
Australia
Valkyrie
Vernáculo Errante
"Pedra sobre pedra, corpo sobre alma, vidas… como diria o Xandão. A nostalgia é um poço sem saída, uma redoma, um buraco negro, daqueles sem pêlos à volta. A anti-matéria não tem lugar na existência dos que vivem. Os anátemas, esses, simbióticos, quando conseguem, não são mais que párias alarves da vivência humana. A anti-matéria anátema, uma miragem do céu divino, sem serpentes de carácter serpentino dispostas a ovar em terras de Jerusalém, não passa duma história para adultos, ou indivíduos com mais de 30, empenhados em deixar testemunho do que ficou por fazer, certo ou errado, à imagem do Senhor, seja ele qual for. Ainda jovens, pesos mortos, com reflexos de integridade, pensam eles, ou refracções de permissividade, pensam eles, os que pensam, seguem em frente, indiferentes, não, incogniscentes de que as virgulas são demasiadas quando lhes parecem necessárias. As pedras partem, até com água, como diz o ditado, demora é tempo, o tal que escassa quando urge. Redundâncias à parte, a pedra e o tempo têm passados comuns, mas ao contrário do ovo e da galinha, sabemos qual nasceu primeiro. Dum corpo erradio, uma alma irradia sofrimento espargido em sua volta. Desventrado, desossado, desalmado, desgostoso, desanimado, desenterrado e desconfiado por um dia. Reanimado, recuperado, restabelecido, reavivado, rejuvenescido, reeducado, vejam bem, restaurado e retratado um dia depois. Para um mudar é necessário mudarem os dois. Pedra no assunto e água para os bois."
sábado, 11 de outubro de 2008
Lingerie Football League
Le Betisier Domenech
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Movie-Watching Record
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Che
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Tops e mais Tops
1 - The Godfather
2 - Riders of the Lost Ark
3 - Star Wars V - The Empire Strikes Back
4 - The Shawshank Redemption
5 - Jaws
6 - Goodfellas
7 - Apocalypse Now
8 - Singin' in the Rain
9 - Pulp Fiction
10 - Fight Club
11 - Raging Bull
12 - The Apartment
13 - Chinatown
14 - Once Upon a Time in the West
15 - The Dark Knight
16 - 2001: A Space Odyssey
17 - Taxi Driver
18 - Casablanca
19 - The Godfather Part II
20 - Blade Runner
21 - The Third Man
22 - Star Wars VI - A New Hope
23 - Back to the Future
24 - Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring
25 - The God the Bad and the Ugly
26 - Dr. Strangelove Or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
27 - Some Like It Hot
28 - Citizen Kane
29 - Die Hard
30 - Aliens
31 - Gone With the Wind
32 - Butch Cassidy and the Sundance Kid
33 - Alien
34 - Lord of the Rings: The Return of the King
35 - Terminator 2 - Judgement Day
36 - Adrei Rublev
37 - A Clockwork Orange
38 - Heat
39 - The Matrix
40 - Vertigo
41 - Les 400 Coupes
42 - Kind Hearts and Coronets
43 - The Big Lebowski
44 - Shindler's List
45 - Psycho
46 - On the Waterfront
47 - E.T. the Extra-Terrestrial
48 - This Is Spinal Tap
49 - Evil Dead 2
50 - Seven Samurai
Resultado: os Estados Unidos dominam, os filmes de acção também (Jaws? Die Hard? No Chaplin? What the fuck!?). Spielberg lidera com 4, sem contar os 2 do amigo George Lucas, Coppola, Ridley Scott, Scorsese. Tirando o Kubrick que é obrigatório, o Polanski e o Billy Wilder, que apesar de stangers, têm aqui filmes americanos, parece uma sorte vermos um Tarkovsky, um Truffaut ou um Kurosawa (mesmo a fechar). Nem Fellini, nem Bergman, nem Lang, nem sequer João César Monteiro (não exageremos, ok). Muito obrigado à Empire pelo esforço, mas continuo a preferir o top do imdb, onde vota toda a gente, apesar de não deixar de ser americanizado demais...
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
PREMIERE
MUSIC BOX
Charlie Parker - Koko
Coleman Hawkins - Body and Soul
Dizzy Gillespie - A Night in Tunisia
Django Reinhardt - Djangology
Duke Ellington - Take the "A" Train
Miles Davies - So What
Stan Kenton - Artistry in Rhythm
Sun Ra - Angels and Demons at Play
Thelonious Monk - Brilliant Corners