quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um Artista da Fome - Parte III

por Franz Kafka

Porque é que tinha que acabar agora que quarenta dias haviam já passado? Era capaz de aguentar muito mais, aguentava infinitamente; porquê acabar no melhor momento, ou antes mesmo de atingir o melhor momento de jejum? Porque é que o privavam da glória de poder continuar a jejuar, de ser não só o maior artista da fome de todos os tempos, que provavelmente já era, mas de se superar a si próprio, até ao inconcebível, dado que não encontrava limites para a sua capacidade de jejum. Porque é que esta gente que dizia tanto o admirar, porque tinham eles tão pouca paciência; se ele era capaz de suportar o prolongamento do jejum, porque não eram eles também capazes de o fazer? Além disso estava cansado, estava confortavelmente sentado na palha e obrigavam-no a levantar-se e a aproximar-se da comida que só de imaginá-la lhe subiam os vómitos que com esforço continha por respeito para com as senhoras. E olhava para cima, olhava para os olhos das senhoras aparentemente amáveis mas na verdade cruéis e abanava a cabeça demasiado pesada para o fraco pescoço que a sustentava. Acontecia então o que sempre acontecia. O empresário aproximava-se, levantava silencioso - a música não permitia qualquer discurso - os braços por trás do artista da fome como se convidasse o céu a observar a sua obra aqui sentada no meio da palha, este mártir lamentável que o artista da fome era de facto mas num sentido completamente diferente; agarrava o artista da fome pela cintura fina e exagerando o cuidado com que o fazia tentava criar a ilusão de que segurava um objecto altamente delicado; e entregava-o - isto depois de o sacudir um pouco sem que o público o notasse, fazendo com que as pernas e o tronco do artista da fome baloiçassem para um lado e para o outro - às senhoras que entretanto tinham ganho uma palidez de defuntas. Nesta altura o artista da fome já a tudo se submetia; deixara cair a cabeça sobre o peito e era como se se tivesse enrolado sobre si próprio e assim se mantivesse inexplicavelmente; o corpo escavado; as pernas, apertadas uma contra a outra ao nível dos joelhos em instinto de conservação, raspavam o chão como se aquele não fosse o chão verdadeiro, como se ainda procurassem o verdadeiro chão; e todo o peso, peso por sinal levíssimo, do seu corpo repousava sobre uma das senhoras que, à procura de ajuda, a respiração ofegante - não fora assim que imaginara o cargo honorário - começava por endireitar o pescoço o mais possível para evitar que pelo menos o seu rosto tocasse no do artista da fome, mas depois, sentindo que a experiência falhava e que a sua colega, mais feliz, em lugar de a ajudar, se limitava a segurar a medo a mão do artista da fome, esse pequeno embrulho de ossos, a senhora rompia em lágrimas que escorriam sob as gargalhadas entusiastas da sala até que um funcionário, já há muito preparado para o efeito, dali a levava. Vinha então a comida que o empresário enfiava na boca do artista da fome adormecido numa espécie de sono que mais parecia um desmaio; e ao mesmo tempo que o alimentava, o empresário falava animadamente esforçando-se por desviar a atenção do público do estado em que o artista da fome se encontrava; pedia-se depois ao público um brinde, pedido que teria sido supostamente sussurrado pelo artista da fome ao ouvido do empresário; a orquestra reforçava tudo isto com uma grande fanfarra, as pessoas dispersavam e ninguém tinha o direito de se considerar descontente com aquilo a que acabara de assistir, ninguém, tirando o artista da fome, sempre e apenas ele.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

POSH e Becks em BD

Quem não conhece o Stan Lee no mundo da BD? Criou o Captain Planet, o Spiderman, o Ironman, os X-Men e o Hulk, para referir os mais conhecidos. Grandes sucessos da banda desenhada de acção, dos super-heróis da Marvel, basta ver que já foram todos adaptados ao cinema e a maioria trouxe sequelas e grandes êxitos de bilheteira. O sr. Lee já tem 75 anos e anda, nos últimos tempos, a trabalhar nuns desenhos animados sobre o famoso filme porno da Paris Hilton, e noutro projecto para o Hugh Hefner, o proprietário da Playboy. Não sei se começou a ler revistas cor-de-rosa, o certo é que revelou ao The Sun que está interessado em transformar Victoria e David Beckham em super-heróis de banda desenhada. Segundo ele há muitas maneiras de o fazer: "Podia-se criar uma equipa onde o combate à criminalidade usa o futebol como uma fachada, ou fazer deles espiões, ou fazer uma comédia em que um deles quer ser um aventureiro". Para ele o casal é perfeito para este tipo de criação, apesar de dizer que ainda não os conhece pessoalmente: "Ele é muito atraente e bem apessoado e ela para além de atraente tem um olhar muito interessante". Uma coisa é certa, vai vender, esgotar e vender ainda mais.Imagem do The Sun

Judas Priest, Megadeth e Testament

Judas Priest é uma das bandas pioneiras do Metal. Começaram em meados dos anos 70 como uma das principais divulgadoras da nova vaga do British Heavy Metal. Aliavam os riffs poderosos dos Sabbath a uma velocidade que só se via nos Zeppelin. Estava preparado o terreno para o Speed Metal, uma variação do Heavy que se tornou nos anos 80 a mais popular corrente Metal Underground. Os Metallica, os Slayer e os Megadeth, tocavam extramente rápido, composições tecnicamente evoluidas, mas com um ataque simples e abrasivo que fazia lembrar o punk. Dave Mustain, o mentor da banda, tinha sido membro dos Metallica e não queria fazer dos Megadeth mais uma banda trash, deixando-se influenciar pelo rock progressivo, mais instrumental e conferindo uma vertente mais niilista à banda. Os Testament surgiram praticamente na mesma altura, mas nunca chegaram a ter o sucesso dos demais, apesar de não lhes faltar qualidade.


A novidade é a Priest Feast, uma digressão que conta com as três bandas e que vai precorrer a Europa em Fevereiro e Março. A novidade foi adiantada pelo Blitz. Segundo o site oficial dos Megadeth, a digressão passa por Portugal dia 17 de Março de 2009 no Pavilhão Atlântico. Quem estiver interessado vai poder comprar os bilhetes a partir de 21 de Outubro.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um Artista da Fome - Parte II

por Franz Kafka

Esta era aliás uma das várias suspeitas indissociáveis do jejum. Ninguém, por exe
mplo, era capaz de passar todas as noites e todos os dias a vigiar ininterruptamente o artista da fome e, assim sendo, ninguém podia confirmar com os seus próprios olhos se de facto se tinha jejuado ininterruptamente e sem falhas; apenas o artista da fome o podia confirmar, era ele portanto o único espectador capaz de se satisfazer plenamente com o seu jejum. Contudo, e por uma razão diferente, o artista da fome nunca ficava satisfeito; talvez não tivesse emagrecido por causa do jejum - tanto que havia quem, para seu próprio desconsolo, fosse incapaz de assistir ao espectáculo por não suportar tal visão - mas por causa da insatisfação que sentia consigo mesmo. De facto, só ele sabia, e nem os mais aficionados o sabiam, como era fácil jejuar. Era a coisa mais fácil do mundo. Não o escondia, mas ninguém acreditava, acusavam-no de estar a ser modesto ou, a maior parte das vezes, de querer chamar a atenção ou até mesmo de ser um aldrabão para quem jejuar era fácil porque encontrara uma maneira fácil de o fazer, um aldrabão que tinha ainda por cima o descaramento de quase o admitir. A tudo isto tinha que se sujeitar e com o passar dos anos acabara mesmo por se habituar, mas esta insatisfação corroía-o por dentro e jamais depois dum período de jejum - e esta verdade tinha que lhe ser concedida -, jamais deixara a jaula de livre vontade. O empresário fixara o tempo máximo de jejum em quarenta dias, após os quais sempre o proibira de jejuar, mesmo nas grandes metrópoles, e isto por uma boa razão. É que durante quarenta dias, e com uma intensificação progressiva da publicidade, conseguia-se normalmente manter o interesse de uma cidade, mas a partir daí o público recuava e a afluência decaía; é claro que havia pequenas diferenças entre as várias cidades e países mas a regra aplicada era a do limite de quarenta dias. Ao quadragésimo dia era então aberta a porta da jaula decorada com flores, uma multidão entusiasmada enchia o anfiteatro, tocava uma banda militar, dois médicos entravam na jaula para tomar as necessárias medidas ao artista da fome, o resultado era anunciado a toda a sala por um megafone e aproximavam-se duas jovens senhoras, todas felizes por terem sido elas as eleitas, e tentavam conduzir o artista da fome para fora da jaula e descer com ele uns degraus até uma mesa onde o esperava uma refeição cuidadosamente seleccionada. E nesta altura o artista da fome protestava sempre. Ainda apoiava de livre vontade os seus braços esqueléticos nas mãos que as senhoras debruçadas lhe estendiam prestavelmente, mas recusava-se a levantar.

Hail! Halle "Sweet" Berry!

Halle Berry é uma das actrizes mais solicitadas de Hollywood. Óscarizada com Monsters Ball (2001), pode-se dizer que é realmente uma gata, como se viu no medíocre Catwoman (2004), mas talvez seja mais conhecida pela personagem Storm de X-Men. Berry que acabou de ser mãe, foi convidada pela Esquire (revista para homens) para falar sobre a sua vida sexual. Não se acanhou nem um pouco, principalmente depois de ser eleita pela revista a mulher mais sexy do planeta, insistindo que é super quente na cama. Acho que ninguém dúvida. Algumas das frases mais interessantes:

"You know that stuff they say about a woman being responsible for her own orgasms? That's all true, and, in my case, that makes me responsible for pretty damn good orgasms.

"(They're) much better orgasms than when I was 22, and I wouldn't let a man control that. Not anymore. Now, I'd invite them to participate.

"I've learned my tricks. I know what I like. I do not wait around. I initiate. And I'm not all about frequency; I favour intensity."

Depois no programa da Oprah:

"I was astonished. I was like, 'I've just had a baby. Don't you guys know..? This isn't the year to pick me for this.'

"I thought, 'Well, you know, it might be a really good year to talk about some things and talk about what sexy really is.'"

"When I mentioned the big 'O' I'm sure when people first read it (article), they thought I was about to talk about Oprah."
"Men in their 20s? Forget it."


Outra vez: Terra de Idiotas

http://www.youtube.com/watch?v=1In3Ep1KBHM

Terra de Idiotas

http://www.youtube.com/watch?v=XcZq6oGUSsY

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um Artista da Fome - Parte I

por Franz Kafka

O interesse por artistas
da fome diminuiu muito nas últimas décadas. Se antigamente a organização por conta própria deste tipo de espectáculos trazia o seu lucro, hoje em dia isso seria absolutamente impossível. Os tempos eram outros. Na altura toda a cidade seguia o artista da fome; a cada dia do seu jejum aumentava a afluência; todos queriam ver o artista da fome ao menos uma vez por dia; nos últimos dias inscreviam-se pessoas para poderem ficar sentadas o dia inteiro em frente à pequena jaula; até durante a noite, à luz de archotes que aumentavam o efeito, apareciam visitantes; em dias de sol trazia-se a jaula para o exterior para que o artista da fome fosse mostrado às crianças; se para os adultos o espectáculo não passava de um divertimento no qual participavam porque estava na moda, as crianças, por seu lado, estarrecidas, as bocas abertas, segurando as mãos umas das outras para se sentirem mais seguras, as crianças observavam a palidez do artista da fome, observavam o maillot preto por trás da qual sobressaíam poderosas as suas costelas, observavam-no sentado na palha, visto que rejeitava qualquer cadeira, a acenar de tempos a tempos por cortesia, viam-no responder a perguntas com um sorriso forçado, a esticar o braço para que lhe pudessem sentir a magreza, mas logo se afundando em si próprio, porque todos lhe eram indiferentes, até mesmo o bater, para ele tão importante, do relógio, única mobília da jaula, limitava-se a olhar em frente, de olhos quase fechados e a bebericar aqui e ali de um minúsculo copito de água para humedecer os lábios.


Além dos diferentes espectadores que iam passando, havia também uns guardas permanentes, normalmente e curiosamente talhantes de profissão, que eram escolhidos pelo público e que tinham por função vigiar o artista da fome dia e noite, e sempre três de cada vez, para que ele não pudesse de maneira nenhuma ingerir qualquer alimento. Isto não passava porém de uma formalidade introduzida para satisfação das massas, dado que os verdadeiros aficionados sabiam perfeitamente que durante o período de jejum o artista da fome nunca, sob quaisquer circunstâncias, nem sequer se a tal fosse forçado, comeria a mais pequena migalha; proibia-o a honra da sua arte. Claro que nem todos os guardas eram capazes de o compreender, havia grupos de vigia nocturna que executavam o seu trabalho de forma desleixada, sentavam-se a jogar às cartas num canto propositadamente afastado com o objectivo de conceder ao artista da fome um pouco de descanso que, pensavam eles, seria por ele utilizado para sacar de umas provisões secretas. Este era o tipo de guardas que mais torturava o artista da fome; entristeciam-no; ficava-lhe muito mais difícil jejuar; por vezes suplantava a sua debilidade e cantava durante todo o tempo que durava a vigília, cantava até não mais poder para mostrar às pessoas como eram injustas as suas suspeitas. Mas isto de pouco lhe servia; os guardas ficavam apenas impressionados com a habilidade do artista da fome que era capaz de comer enquanto cantava. Gostava muito mais daqueles guardas que se sentavam bem junto às grades, e que, não satisfeitos com a sombria luz nocturna da sala, o iluminavam com lanternas eléctricas postas à sua disposição pelo empresário. A forte luz não o incomodava, fosse como fosse não dormia e de qualquer das formas era sempre capaz de dormitar sob qualquer iluminação e a qualquer hora, mesmo numa sala sobrelotada e barulhenta. Estava disposto a passar a noite acordado com esses guardas; estava disposto a divertir-se com eles, a contar-lhes histórias da sua vida nómada e a ouvir também as histórias deles, tudo isso para os manter acordados, para lhes poder mostrar que não guardava nada de comestível dentro da gaiola e que jejuava como nenhum deles era capaz. O maior momento de felicidade chegava contudo com a manhã e com um pequeno-almoço cujo custo era suportado pelo próprio artista da fome e ao qual os guardas se atiravam com o apetite de homens saudáveis após uma longa noite de vigília. Havia apesar de tudo quem quisesse ver neste pequeno-almoço uma tentativa corrupta de subornar os guardas, mas isso já era ir longe demais, e quando lhes perguntavam se, em nome da causa, eram capazes de fazer a vigia da noite sem pequeno-almoço, esquivavam-se na resposta, mantendo porém teimosamente as suas suspeitas.

Jerry Seinfeld - Parte II

Já respeitado e admirado por toda gente no meio e arredores, Seinfeld mais maduro e confiante neste stand-up em Nova York, depois de terminada a genial sitcom e quando decidiu afastar-se dos palcos. É grandinho, 75 minutos em 8 partes e legendado! A primeira é uma introdução do espectáculo, chama-se The Funeral e tem alguns dos comediantes mais conhecidos dos States.









domingo, 19 de outubro de 2008

Duck Soup

Duck Soup faz 75 anos e é uma das grandes comédias da história do cinema. Antes de mais é preciso falar dos seus intervenientes, os Irmãos Marx. Nascidos em Nova York, filhos de emigrantes judeus, cedo mostraram apetência para a música, juntando-se aos seus familiares nos espectáculos de Vaudeville. O seu sentido de humor mordaz e atrevido deu rapidamente nas vistas, tomando cada vez mais peso nos espectáculos burlescos da trupe, os seus sketches cómicos. Chico, Harpo, Groucho, Gummo e Zeppo, eram os cinco irmãos que passaram rapidamente a ser um dos grupos mais queridos nos estádios Unidos a brilhar na Broadway (Gummo que entretanto teve que abandonar, foi substituído por Zeppo que era consideravelmente mais novo que os demais). O sucesso que o seu bizarro humor lhes conferiu, com Groucho na direcção artística e Chico na gerência, catapultou-os para o cinema e televisão. O primeiro contrato com uma grande produtora foi com a Paramount, e pode-se dizer que surgiu em força na sétima arte, o que é justo designar de comédia anarca, em toda a sua plenitude. Os temas predilectos dos 4 irmãos passavam sobretudo por satirizar a alta sociedade e criticar a hipocrisia humana, o que passou na perfeição do palco à tela, principalmente neste primeiro período, na Paramount, onde tinham carta-branca para fazer o quisessem. Surgiram então clássicos da comédia musical, com o icónico Duck Soup à cabeça. Freedonia é um pequeno país que se encontra à beira da bancarrota, e a Mrs. Teasdale (Margaret Dumont) é uma senhora da alta sociedade que está disposta a doar 20 milhões de dólares caso seja apontado como novo presidente, um tal de Rufus T. Firefly (Groucho). Ao contrário do que era esperado, este revela-se um ditador que se recusa a seguir as regras instauradas. Se os trabalhadores querem uma redução de horário, corta-se na hora de almoço. O país vizinho, Sylvania, resolve enviar dois espiões ineptos, Chicolini (Chico) e Pinky (Harpo), para recolher informações, o que aumenta ainda mais o caos em Freedonia. Entretanto o cínico e sarcástico Firefly disputa a mão da Mrs Teasdale com Trentino, o embaixador do país vizinho. Resultado, é declarada guerra entre os dois países. O filme está repleto de gags, da verborreia hilariante de Groucho ao slapstick insano do mudo Harpo. Como a música não podia faltar, temos Harpo e a sua harpa (ao que parece tocava bastantes mais instrumentos e rasgava em todos), o Chico no piano e o Groucho a cantar. Não deixa de ser curioso este filme fazer esta idade tão redonda numa altura em que a conjuntura económica Europeia e Americana se encontra doente e sem vontade de rir. É por isso uma boa altura para revisitar um dos principais filmes dos percursores da comédia no cinema sonoro. Depois de seis filmes na Paramount, Zeppo deixou os outros três, por se sentir à parte e nunca ter papéis relevantes (e tinha toda a razão), e assinaram contrato com a MGM onde fizeram mais cinco, mas foram obrigados a adoptar um formato mais familiar para agradar a todo o público. Os primeiros são bons, mas depois começa o declínio. Ainda se juntaram mais tarde para fazer mais dois ou três filmes e ajudar a pagar as largas dívidas de jogo de Chico. A comédia dos Marx teve obviamente muitos seguidores principalmente no humor denominado de nonsense. Entre os mais conhecidos: Bob Hope e Bing Crosby nos 40, Jerry Lewis e umas quantas comédias megalómanas americanas nos anos 60, nos anos 70 os Monty Python (expoente máximo da comédia anarca moderna), os primeiros filmes do Woody Allen (ele diz-se filho de Groucho), o Mel Brooks, os filmes da National Lampoon's e os do Zucker/Abrahams (Airplane, Top Secret, Hot Shots), mais recentemente, actores como o Jim Carrey ou o Mike Myers , os filmes dos irmãos Farrelly (Dumb & Dumber, There's Something About Mary) ou mesmo dos irmãos Coen (Raising Arizona, The Big Lebowski). O produto parece-me vendido, vou só deixar uma cena clássica do filme: Groucho de camisa de noite e barrete, Chico e Harpo disfarçados de Groucho.




quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Radiohead e Tuga Rock

Facto 1: Quase toda a gente adora os Radiohead, ainda mais se adolesceu na década de 90.
Facto 2: Os Radiohead tentam sempre estar/ser vanguarda em todos os aspectos ligados à criação musical, seja a obra em si, seja a forma como é apresentada ou distribuída.
Facto 3: Quase todas as bandas quando lançam um single fazem-no acompanhado de remisturas do tema normalmente por productores de electrónica.
Facto 4: Os concursos para os fãs também são uma coisa comum seja para capas, edições especiais ou remisturas.
Ora os Radiohead combinaram estes 2 últimos, ou seja convidaram productores conhecidos a remisturarem o seu novo single Reckoner, como seja Diplo, Flying Lotus ou o grande James Holden e, disponibilizaram também as ferramentas para que qualquer pessoa pudesse fazer o mesmo e, ambas as re-leituras estão disponíveis para audição e votação. A ver e ouvir, especialmente a do Holden e, até quem sabe também por mãos à obra em:


Também dos Radiohead podem fazer o download do magnífico vídeo da House of Cards do In Rainbows (do qual também é possível fazer o download grátis) aqui. Ou então vê-lo por aqui:




Ou ver este feito por fã para Reckoner. O Thom Yorke gosta.


E agora o Tuga Rock.

São putos e dizem por aí que a sua música é deliciosamente adolescente. Concordo em absoluto. Putos que ouvem Strokes e White Stripes e essa malta toda mas que depois cantam em bom português e com bom humor. Estão a gerar muito buzz entre a imprensa com o lançamento do seu registo Magnífico Material Inútil. São os Pontos Negros e este é um bom episódio dos morangos.



Mentor dos Pontos Negros e responsável pela FlorCaveira, editora que os descobriu, uma espécie de ponto de encontro do pessoal da cena de Queluz que toca punk e vai à missa, chama-se Tiago Guillul, também faz boas canções rock e também tem títulos engraçados como este viciante Beijas como uma Freira:

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Trailer Recut

Há montes de trailers alterados no youtube, de filmes conhecidos, de maneira a parecerem fazer parte de outro género. Só mais uns vídeos para entreter quem não tem mais que fazer. Ainda assim dá para mandar umas risadas. O Shining comédia romantica, o Superbad filme de acção, o Terminator uma história de amor ou o Dark Knight Toy Story, são alguns exemplos.

The Shining


Superbad


The Terminator


The Dark Knight Toy Story 2

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Berlim: Reconstrução Crítica

O Artecapital fala assim:

"BERLIM: Reconstrução Crítica 4-8 NOV 08 PORTO Livro / Ciclo de Cinema / Seminário Internacional de Arquitectura No momento em que se aproximam os 20 anos da Queda do Muro, "BERLIM: Reconstrução Crítica" pretende ser um espaço de debate sobre a história da arquitectura e do urbanismo do século XX, através da reflexão crítica da mítica experiência urbana de Berlim. O sub-título do evento 'Reconstrução Crítica' remete para duas interpretações - uma alusão directa ao método de planeamento urbano Kritischer Rekonstruktion desenvolvido pelo arquitecto Josef Paul Kleihues, nos anos 80, durante a Internationale Bauausstellung – IBA; e uma vontade de reconstruir criticamente Berlim, de regressar à sua história, aos seus dilemas, às suas polémicas, reavaliando e debatendo os seus resultados.
Ciclo de Cinema / Cinema Passos Manuel / 4-7 NOV 08 O Ciclo de Cinema apresenta um conjunto óbvio de quatro filmes incontornáveis, pontos de referência na linha da história de Berlim, que serão analisados e contextualizados por intelectuais apaixonados pelo cinema e pela cidade.
Seminário Internacional de Arquitectura / Auditório de Serralves / 8 NOV 08
Através da leitura crítica do caso urbano de Berlim, um notável painel de conferencistas irá partilhar e debater a sua experiência de confronto com a densa história da cidade, procurando criar um plano de reflexão comum que sirva de base a outras questões. Berlim surge assim como pretexto, como um óculo através do qual poderemos reflectir sobre a cidade contemporânea, focando, por exemplo, a memória e a identidade de uma cidade confrontada com a destruição, como o Ground Zero em Nova Iorque ou o Chiado em Lisboa.
'BERLIM: Reconstrução Crítica' / Edição Circo de Ideias
O Livro apresenta textos de reflexão ou projectos para Berlim da autoria dos participantes presentes no seminário e ciclo de cinema."

O livro vai ser lançado no dia 4 de Novembro, no Passos Manuel, pelas 21h00. Quanto ao ciclo de cinema, as quatro películas são as seguintes:

04/11/08 - 21h30
Berlim, Sinfonia de uma Grande Cidade
Walter Ruttman, 1927
Analisado por Nuno Portas

05/11/08 - 21h30
Germania, Anno Zero
Roberto Rosselini, 1947
analisado por Abílio Hernandez Cardoso

06/11/08 - 21h30
Asas do Desejo
Wim Wenders, 1987
Analisado por Pedro Barreto

07/11/08 - 21h30
Berlin Babylon
Hubertus Siegert, 2001
Analisado por Hubertus Siegert

O seminário do dia 8 de Novembro, estende-se das dez da manhã às oito da noite e encontra-se dividido em três sessões:

Sessão 1 - Memória e Identidade em Berlim, moderado por Jorge Figueira.
Sessão 2 - Projectar em Berlim, moderado por Luís Tavares Pereira
Sessão 3 - Política Urbana em Berlim, moderada por Nuno Grande

A participação no seminário internacional "Berlim: Reconstrução Crítica" confere 3 créditos de formação obrigatória opcional, conforme previsto no Regulamento de Admissão na Ordem dos Arquitectos. Para mais informações consultem o blog. Para se inscreverem carreguem aqui.

domingo, 12 de outubro de 2008

5 Trailers

Para começar, bonecada. Os ratos parecem estar na moda. Este não é cozinheiro, parece puxar mais ao cavaleiro. Do criador de Flashed Away e cheio vozes conhecidas: Emma Watson, Sigourney Weaver, Dustin Hoffman, Matthew Broderick e mais alguns.

The Tale of Despereaux


Mais uma comédia levezinha sobre a vinicultura e a enologia. Este filme independente, foi uma das surpresas do Festival de Sundance, com inevitáveis comparações com Sideways. Dizem que o Alan Rickman mete piada... humm...

Bottle Shock


O realizador the American Beauty e Road to Perdition, Sam Mendes, volta a juntar a dupla de Titanic neste drama intenso, passado nos anos 50, sobre uma família que se esforça por ultrapassar os problemas em casa e no trabalho. DiCaprio e Winslet, dois dos jovens actores mais apreciados pela academia, têm entre mãos papéis que lhes podem valer mais uma nomeação. A história é uma adaptação da obra do premiado Richard Yates e tem estreia marcada para Janeiro, mesmo à beirinha dos Óscares.

Revolutionary Road


Depois de Moulin Rouge, Laz Luhrmann volta a trabalhar com Nicole Kidman num filme de guerra e aventura passado na Austrália dos anos 40, durante a segunda guerra mundial. Hugh Jackman é o coprotagonista, neste filme com estreia marcada para o Natal.

Australia


Também na altura do Natal, chega o novo projecto de Tom Cruise. Um drama de guerra histórico e biográfico sobre um grupo de generais do terceiro Reich que tinham um projecto secreto para assassinar Adolph Hitler. O realizador é Bryan Singer (X-Men, The Usual Suspects)

Valkyrie

Vernáculo Errante

"Pedra sobre pedra, corpo sobre alma, vidas… como diria o Xandão. A nostalgia é um poço sem saída, uma redoma, um buraco negro, daqueles sem pêlos à volta. A anti-matéria não tem lugar na existência dos que vivem. Os anátemas, esses, simbióticos, quando conseguem, não são mais que párias alarves da vivência humana. A anti-matéria anátema, uma miragem do céu divino, sem serpentes de carácter serpentino dispostas a ovar em terras de Jerusalém, não passa duma história para adultos, ou indivíduos com mais de 30, empenhados em deixar testemunho do que ficou por fazer, certo ou errado, à imagem do Senhor, seja ele qual for. Ainda jovens, pesos mortos, com reflexos de integridade, pensam eles, ou refracções de permissividade, pensam eles, os que pensam, seguem em frente, indiferentes, não, incogniscentes de que as virgulas são demasiadas quando lhes parecem necessárias. As pedras partem, até com água, como diz o ditado, demora é tempo, o tal que escassa quando urge. Redundâncias à parte, a pedra e o tempo têm passados comuns, mas ao contrário do ovo e da galinha, sabemos qual nasceu primeiro. Dum corpo erradio, uma alma irradia sofrimento espargido em sua volta. Desventrado, desossado, desalmado, desgostoso, desanimado, desenterrado e desconfiado por um dia. Reanimado, recuperado, restabelecido, reavivado, rejuvenescido, reeducado, vejam bem, restaurado e retratado um dia depois. Para um mudar é necessário mudarem os dois. Pedra no assunto e água para os bois."

sábado, 11 de outubro de 2008

Lingerie Football League

A ideia inicial partiu da Horizon Productions e destinava-se a competir nas audiências, com a final da Superbowl. O sucesso foi tão grande que vai ter início na Primavera a primeira Lingerie Football League. Já estão incritas 10 equipas, entre elas, as sujestivas San Diego Seduction e Dallas Desire. As regras do jogo, são as mesmas do football masculino que combina velocidade, estratégia e violência, mas neste caso, de roupa interior, apenas com uma espécie de armadura nos ombros, para além das habituais pinturas de guerra. 90% das jogadoras são modelos e cobram 40 mil euros por jogo. Não sei se cobram por mais alguma coisa, certo é que já anda aí muito babado há espera do newest showtime of the springtime.


Le Betisier Domenech

Este é o nome do livro da autoria do jornalista Georges Alexandre que foi lançado esta quinta-feira em França e que reúne as melhores frases do seleccionador francês Raymond Domenech, ao longo de 40 anos de carreira. Uma espécie de estupidário desta enjoativa figura do futebol mundial, com toda a certeza a mais odiada em França. Como cada vez que abre a boca piora a fama que tem, não faltam na obra pérolas de humor pretensioso desta arrogante criatura. Perdeu a final do Mundial de 2006 contra Itália, nos Europeus de 2004 e 2008 roçou a humilhação e na presente qualificação para o Mundial de 2010, estreou-se logo com uma derrota por 3-1 frente à Áustria, num grupo que José Couceiro lidera como treinador da Lituânia. Algumas frases bonitas: "Ás vezes olho-me ao espelho e digo que se estivesse à minha frente odiar-me-ia a mim próprio". "Estou em permanente contradição comigo mesmo". "Estou satisfeito com uma coisa: que as leis de excepção e da guilhotina não existam mais. Caso contrário, vejo aqui alguns que teriam um perverso prazer de me enviar para lá. Mas enfim, não matei ninguém. Talvez tivesse sido melhor se tivesse matado... por força das circunstâncias". "Falhei na comunicação. A minha maneira de trabalhar e o meu ar irónico podem dar a sensação que me importo com as pessoas: é falso."Eu não faço erros, faço escolhas". "Hoje compreendi uma coisa: ninguém me compreende". "Não tenho qualquer relação de força com escravos. Ele é um escravo. Eu sou um esclavagista. Eu chicoteio-o e ele faz", esta última como resposta a Mourinho, quando disse que Makelele era um escravo ao serviço da selecção francesa. O livro sai numa altura em que a selecção se desloca até à Roménia, onde tem um jogo importante para qualificação que muitos esperam que seja o último do presente seleccionador.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Movie-Watching Record

O livro do Guiness, detentor dos mais estranhos records, renovou agora o de maior número de filmes vistos de seguida. Surech Joachim e Cláudia Wavra estiveram sentados em frente ao ecrã 123 horas e 10 minutos. A maratona de cinema, patrocinada pela Netflix, começou com o Iron Man e acabou com o Thelma e Louise, pelo meio viram filmes como Kill Bill, Cadyshack e The Bourne Identity. No total viram 57 filmes e entre cada um tiveram direito a descansar 10 minutos. É de facto impressionante como se aguenta tanto tempo, mas talvez um pouco menos, se tivermos em conta que Joachim é detentor de 33 records mundiais (o site do homem) e que esta era a quarta vez que Wavra batia este record. Agora têm uma taça de recordista do mundo e tiveram o direito de conhecer a Susan Sarandon que apareceu no final de Thelma e Louise para lhes entregar a taça.


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Che

O novo projecto de Steven Soderbergh já foi exibido em Cannes e há dias no New York Film Festival. Ernesto "Che" Guevera de la Serna volta ao grande ecrã num projecto ambicioso de Soderbergh, um épico histórico de 257 minutos, que demorou cerca de oito anos a ser preparado e 3 "Oceans" para ser pago. O filme tem sido apresentado por inteiro, com um intervalo de 30 minutos, mas ao que tudo indica será comercializado em duas partes, devido à sua longa duração: The Argentine e Guerrilla. Benicio Del Toro é o protagonista e apontado como um óbvio candidato a levar a estatueta para casa. A primeira parte é baseada nas memórias de Che, "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War" e fala da revolução que liderou em Cuba, derrubando o ditador Fugencio Batista em 1959. O segundo, baseado no seu diário "Bolivian Diary", conta-nos como, quase uma década depois, Che tenta fazer nova revolução, desta feita na Bolivia, mas não sendo bem sucedido, acaba por ser preso e executado. Apesar de ambas as partes seguirem o líder e a suas guerrilhas através de terrenos perigosos ou intransitáveis, em busca da melhor estratégia de ataque, a primeira é apontada como um filme mais de acção enquanto que a segunda puxa mais ao thriller. Géneros à parte, Soderbergh traz-nos um filme político que começou logo por criar discussões. Muitos acham que o lado mais violento de Che não foi devidamente retratado, deixando a imagem de herói que os putos de 15 anos trazem nas camisolas, sem conhecerem a verdadeira história. "Shake things up" diz Soderbergh. Como nisto há sempre a história do dinheiro, só chega ás salas em Dezembro. Ainda dá para ver, quem não viu, o Diarios de Motocicleta de Walter Salles, bastante bom por sinal, como prequela do que aí vem, já que se trata, mais uma vez, duma adaptação dos diários de Che. Fica o trailer.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Tops e mais Tops

Abundam tops na net de mil e uma coisas, em revistas, jornais ou nas mesas de café assistimos às mais acérrimas discussões. No que toca ao cinema há um site que domina, o imdb. Milhões de internautas passam por lá, informam-se, criticam e dão a sua nota ao filme, fazendo do Top 250 uma das secções mais populares no meio. A chegada do surpreendente The Dark Knight às salas colocou-o de imediato no primeiro lugar da lista, assim que os fãs correram a votar 10, destornando o emblemático The Godfather. Fenómeno mais curioso foi a reacção dos fanáticos defensores do The Shawshank Redemption, que até então estava em segundo lugar, e vendo-o agora em terceiro, desataram a somar votos em catadupa, de formar a colocá-lo em primeiro para não mais sair. Tendo em conta que o filme é de 1994, e que os ditos fanáticos já o viram e a maior parte votou, só se explica este facto com tardes passadas a criar novas contas e a votar, votar e votar. Os fãs do Godfather ainda reagiram, mas apenas chegaram a 2º e 3º (a parte II), relegando o Dark Knight para o 4º posto. A revista Empire, a mais famosa do outro lado do Atlãntico, resolveu fazer uma votação única até à data. Depois de tudo ponderado, 10000 leitores, 150 famosos de Hollywood e 50 críticos conceituados elegeram os 500 melhores filmes de sempre. Deixo aqui a lista dos primeiros 50:

1 - The Godfather
2 - Riders of the Lost Ark
3 - Star Wars V - The Empire Strikes Back
4 - The Shawshank Redemption
5 - Jaws
6 - Goodfellas
7 - Apocalypse Now
8 - Singin' in the Rain
9 - Pulp Fiction
10 - Fight Club
11 - Raging Bull
12 - The Apartment
13 - Chinatown
14 - Once Upon a Time in the West
15 - The Dark Knight
16 - 2001: A Space Odyssey
17 - Taxi Driver
18 - Casablanca
19 - The Godfather Part II
20 - Blade Runner
21 - The Third Man
22 - Star Wars VI - A New Hope
23 - Back to the Future
24 - Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring
25 - The God the Bad and the Ugly
26 - Dr. Strangelove Or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
27 - Some Like It Hot
28 - Citizen Kane
29 - Die Hard
30 - Aliens
31 - Gone With the Wind
32 - Butch Cassidy and the Sundance Kid
33 - Alien
34 - Lord of the Rings: The Return of the King
35 - Terminator 2 - Judgement Day
36 - Adrei Rublev
37 - A Clockwork Orange
38 - Heat
39 - The Matrix
40 - Vertigo
41 - Les 400 Coupes
42 - Kind Hearts and Coronets
43 - The Big Lebowski
44 - Shindler's List
45 - Psycho
46 - On the Waterfront
47 - E.T. the Extra-Terrestrial
48 - This Is Spinal Tap
49 - Evil Dead 2
50 - Seven Samurai

Resultado: os Estados Unidos dominam, os filmes de acção também (Jaws? Die Hard? No Chaplin? What the fuck!?). Spielberg lidera com 4, sem contar os 2 do amigo George Lucas, Coppola, Ridley Scott, Scorsese. Tirando o Kubrick que é obrigatório, o Polanski e o Billy Wilder, que apesar de stangers, têm aqui filmes americanos, parece uma sorte vermos um Tarkovsky, um Truffaut ou um Kurosawa (mesmo a fechar). Nem Fellini, nem Bergman, nem Lang, nem sequer João César Monteiro (não exageremos, ok). Muito obrigado à Empire pelo esforço, mas continuo a preferir o top do imdb, onde vota toda a gente, apesar de não deixar de ser americanizado demais...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PREMIERE

A secção do rasto perdido tem andado um bocado abandonada. Uma boa ideia do Sr. Zé em criá-la, mas sem querer assumir a paternidade deixou-a ao infortúnio. Que é feito da imprensa cinematográfica portuguesa? Porque é que só havia uma revista no mercado e esta acabou? Porque é que ficamos entregues ao suplementos dos jornais nacionais? Porque é que volto a falar disto se já o havia feito antes? Pois é, depois de sair a última edição da Premiere em Outubro de 2007, sai amanhã a primeira edição da segunda vida da revista. No Deuxieme (o blogue deles) postaram isto:

"O regresso da PREMIERE é uma sábia resposta do Ricardo Florêncio e da Multipublicações, uma pequena mas dinâmica editora, responsável pela publicação de revistas especializadas (Marketeer e Executive Digest), a um vazio que se instalou no mercado, (que se viu sem a única revista sobre cinema). Eis um sinal de grande iniciativa, numa altura em que é preciso lutar e ultrapassar, com optimismo, uma crise económica real e, principalmente, a grande revolução nos media tradicionais. Daí que o projecto PREMIERE, com foi já noticiado, aponte futuramente para outros mercados (países de expressão portuguesa) e plataformas (internet, rádio e televisão), visando uma maior amplitude, diversidade de conteúdos e possibilidades para os leitores e anunciantes. A PREMIERE regressa também graças ao espírito combativo de uma pequena equipa (Francisco Toscano Silva, Nuno Antunes, Basílio Martins, Bruno Ramos, Bernardo Sena, Luís Salvado), liderada pelo José Vieira Mendes, director e mentor do projecto em Portugal, que nunca desistiu de fazer aquilo que gosta e de trazer esta grande revista de cinema ao convívio com os seus leitores."

Aqui têm a capa da revista. A escolha do Brad Pitt, ao que parece, é um acto simbólico, já que foi ele a capa da primeira de 1999. Rasto perdido, rasto encontrado.

MUSIC BOX

Só para salientar que foi adicionado um leitor de mp3 na barra lateral. Gostava de saber a opinião dos colaboradores e deixar claro que qualquer um pode fazer a sua playlist. A actual contêm as seguintes 10 músicas em shuffle:

Charles Mingus - Solo Dancer
Charlie Parker - Koko
Coleman Hawkins - Body and Soul
Dizzy Gillespie - A Night in Tunisia
Django Reinhardt - Djangology
Duke Ellington - Take the "A" Train
Miles Davies - So What
Stan Kenton - Artistry in Rhythm
Sun Ra - Angels and Demons at Play
Thelonious Monk - Brilliant Corners