O Miguel Sousa Tavares escreveu no cada vez mais pasquim que é o Expresso, que a única inevitabilidade na política portuguesa era que nunca mais nos íamos conseguir livrar-nos do Santana Lopes. Apesar de concordar, acrescento e com as comemorações naftalínicas do 25 de Abril. E depois queixam-se da suposta ignorância dos jovens e vem o nosso presidente da república, um tal de Sr. Silva (atenção que apesar de irónico, tratar as pessoas por Sr. para mim é mais respeituoso do que a nossa mania de Excelentíssimo Senhor Professor), que nunca primou pelo facto de ser culto, antes pelo contrário, dizer que se encontra impressionado com a ignorância dos jovens sobre política. Ora bem este mesmo senhor visita a Madeira e cala-se quando como é normal e protocolar ser recebido pela assembleia regional, não o é porque o presidente eleito por essa mesma assembleia acha que os seus deputados são uns bananas. Ou como na mesma ilha quando lhe pedem para falar sobre o ambiente aos nossos jovens, um tema que até lhes interessa, ele diz que está um dia muito bonito e cheio de sol. Será do aquecimento global? E já agora que tal colocar um cravo na lapela, não custa nada.
Peço desculpa por o tal prometido primeiro post sobre política esteja a ser tão demasiadamente tendencioso. Eu que até era para escrever acerca da oligarquia lisboeta, do seu centralismo descarado e da falta de influência do Norte nas decisões, e de como ver os Sopranos pode dar uma perspectiva interessante sobre o país. Mas pronto de vez em quando fico revoltado quando me chateiam a cabeça por ser fã do Sr. Soares que até pode estar velho, alguns dizem mesmo caquético, mesmo assim mais lúcido do que o senhor professor que vamos ter de aturar por mais 8 anos. Era bom que os jovens se voltassem a interessar por política, podia ser que o tirassem do poder. Lembrem-se que quando Cavaco Silva era primeiro-ministro é que começou a história da geração rasca que até só queria melhor educação e mostrar o traseiro sempre causou impacto (os americanos chamam-lhe mooning). Agora já não bastava por haver uns vídeos no youtube rotularem os putos de violentos e toca a chamar o Procurador Geral da República, também são burros. Esta moral e bons costumes da direita...
Mas a esquerda também leva. Hoje é só dar porrada! Se querem que os jovens saibam o que é o 25 de Abril e revoluções e pide e cravos, não impinjam sempre os mesmos velhos comunas e ex-bombistas que tirando uns poucos se calhar nem sabem bem onde estavam no 25 de Abril. Eu pessoalmente já estou farto de ver sempre as mesmas imagens de Lisboa, eu sei que o país era atrasado mas não existem imagens do Porto ou de Lamego, devem ter havido milhares de pessoas para os quais esse dia foi um dia como outro qualquer e que a notícia só chegou uma semana depois. Mais os capitães são uns chatos e estão gordos, as músicas de intervenção na sua maioria são merdosos (quantas vezes mais temos de ouvir uma gaivota voava voava), o Depois do Adeus não tem nada de revolucionário é apenas a história dum gajo que deixa a namorada e agora está fodido e Grandôla acho que nunca foi cidade. E o José Afonso é tipo o gajo maior da música portuguesa, o Venham mais Cinco é o melhor álbum de sempre e a maioria da música fantástica que fez não é da chamada intervenção. Na 2 num documentário muito bem feito da subfilmes dava justamente destaque a isso e pediam ao pessoal novo para reinterpretar ou conhecer a obra, e depois ouvi a Cristina Branco a cantar isto e fiquem rendido. Enquanto isto acontecia, na rtp1 5 horas pra aí das tais musiquinhas agora com arranjos manhosos à la operação triunfo, miséria.
Para terminar deixem de romancear tanto a história, esta quer-se imparcial não é, foi um dia bonito, a revolução tem uma estética romântica que nem o maior mestre de marketing poderia engendrar (a imagem do puto pôr um cravo na G3. Grande!) e dá um óptimo feriado por muitos e largos anos.
Peço desculpa por o tal prometido primeiro post sobre política esteja a ser tão demasiadamente tendencioso. Eu que até era para escrever acerca da oligarquia lisboeta, do seu centralismo descarado e da falta de influência do Norte nas decisões, e de como ver os Sopranos pode dar uma perspectiva interessante sobre o país. Mas pronto de vez em quando fico revoltado quando me chateiam a cabeça por ser fã do Sr. Soares que até pode estar velho, alguns dizem mesmo caquético, mesmo assim mais lúcido do que o senhor professor que vamos ter de aturar por mais 8 anos. Era bom que os jovens se voltassem a interessar por política, podia ser que o tirassem do poder. Lembrem-se que quando Cavaco Silva era primeiro-ministro é que começou a história da geração rasca que até só queria melhor educação e mostrar o traseiro sempre causou impacto (os americanos chamam-lhe mooning). Agora já não bastava por haver uns vídeos no youtube rotularem os putos de violentos e toca a chamar o Procurador Geral da República, também são burros. Esta moral e bons costumes da direita...
Mas a esquerda também leva. Hoje é só dar porrada! Se querem que os jovens saibam o que é o 25 de Abril e revoluções e pide e cravos, não impinjam sempre os mesmos velhos comunas e ex-bombistas que tirando uns poucos se calhar nem sabem bem onde estavam no 25 de Abril. Eu pessoalmente já estou farto de ver sempre as mesmas imagens de Lisboa, eu sei que o país era atrasado mas não existem imagens do Porto ou de Lamego, devem ter havido milhares de pessoas para os quais esse dia foi um dia como outro qualquer e que a notícia só chegou uma semana depois. Mais os capitães são uns chatos e estão gordos, as músicas de intervenção na sua maioria são merdosos (quantas vezes mais temos de ouvir uma gaivota voava voava), o Depois do Adeus não tem nada de revolucionário é apenas a história dum gajo que deixa a namorada e agora está fodido e Grandôla acho que nunca foi cidade. E o José Afonso é tipo o gajo maior da música portuguesa, o Venham mais Cinco é o melhor álbum de sempre e a maioria da música fantástica que fez não é da chamada intervenção. Na 2 num documentário muito bem feito da subfilmes dava justamente destaque a isso e pediam ao pessoal novo para reinterpretar ou conhecer a obra, e depois ouvi a Cristina Branco a cantar isto e fiquem rendido. Enquanto isto acontecia, na rtp1 5 horas pra aí das tais musiquinhas agora com arranjos manhosos à la operação triunfo, miséria.
Para terminar deixem de romancear tanto a história, esta quer-se imparcial não é, foi um dia bonito, a revolução tem uma estética romântica que nem o maior mestre de marketing poderia engendrar (a imagem do puto pôr um cravo na G3. Grande!) e dá um óptimo feriado por muitos e largos anos.
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