sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

CUBO MÁGICO


Em 1982, cerca de um oitavo da população mundial vivia intensamente obcecada por um pequeno objecto multicolor: o Cubo Mágico.

Foi em 1974 que o arquitecto húngaro Ernõ Rubik idealizou e construiu um cubo constituído por cubos mais pequenos, agrupados em camadas rotativas independentes. Para Rubik, tratava-se de um mero passatempo, uma forma de exteriorizar a paixão que desde muito cedo nutria pela relação entre as formas geométricas e o espaço tridimensional.Contudo, o fascínio pela infinidade de movimentos possíveis no objecto que criara rapidamente deu lugar à incredulidade, já que, por mais que tentasse, Rubik não conseguia voltar a colocar as faces do cubo na posição inicial - pela primeira vez, o génio via-se preso num enigma da sua própria autoria e precisou de um mês de intensa análise e experimentação para regressar ao ponto de origem. Impressionado, viu no cubo um instrumento de treino mental aliciante para o grande público.

Cubo Mágico foi lançado na Hungria em 1977, mas o seu potencial só se revelou quando o emigrante Tibor Laczi o exibiu dois anos depois na Feira de Brinquedos de Nuremberga. Laczi limitou-se a percorrer o recinto com o Cubo na mão, atraindo uma multidão de curiosos. Assim que o empresário os desafiou a deixar todas as faces com uma só cor, depressa a simples curiosidade se transformou num frenesim de entusiasmo.Em poucos meses, o Cubo Mágico espalhou-se por todo o planeta a um ritmo alucinante, fazendo de Rubik o primeiro milionário empresarial socialista e preparando a Hungria para a abertura económica ao Ocidente. Numa questão de três anos, uma em cada três pessoas na Europa e nos EUA tinha pelo menos um Cubo Mágico em casa, se bem que muitas vezes despedaçado depois de horas, semanas ou até meses de frustração.

26 cubinhos, 54 faces e 6 cores distintas constituem o mistério do Cubo de Ernõ Rubik, pois apenas uma e uma só das 43 252 003 274 489 856 000 posições giratórias possíveis corresponde à chave do quebra-cabeças. Mesmo que o Cubo fosse manipulado aleatoriamente uma vez por segundo, apenas se conseguiria obter um Cubo Mágico perfeito em cada 300 anos.É este desafio matemático que ainda hoje incentiva estudiosos de todo o mundo a explorar os segredos da obra-prima de Rubik. Um dos maiores enigmas continua a ser o menor número de movimentos possíveis para se resolver qualquer configuração do Cubo. A resposta provisória para este "número de Deus" (pois só uma entidade superior seria capaz de tal eficácia) é 26, depois de 63 horas de cálculos de um computador especificamente projectado para a tarefa. Suspeita-se que o número real deverá ser ainda menor.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mãos de Tesoura

Nesta segunda-feira, dia 25, teve início o 28º Festival Internacional de Cinema do Porto que terminará dia 9 de Março com o já "clássico" Baile dos Vampiros, que se realiza na véspera, no teatro Sá da Bandeira. Para quem quiser mais informação tem aqui o site do Fantasporto. Este festival fez-me lembrar um filme que saiu em 1990, um dos poucos que continuo a gostar desde criança, e que na altura não passou pelo Fantas: "Eduardo Mãos de Tesoura". Depois de dois filmes bem sucedidos, dentro do sub-valorizado género do fantástico, como foram o caso de: Beetlejuice e Batman, Tim Burton confirma-se como um dos cineastas mais preponderantes do final do século, com o lançamento da obra-prima onírica Edward Scissorhands. O ícone do cinema de terror Vincent Price, dá vida (e morte) a um inventor que não chega a finalizar a sua última criação: Edward, um homem que no lugar das mãos ficou com tesouras e que passou a viver sozinho no casarão dos subúrbios, ao cimo da colina. Uma senhora da Avon, depois de tentar vender os seus produtos em vão, por toda a cidade, resolve passar pela mansão histórica como última hipótese. A compaixão que sentiu por aquele estranho e solitário homem (que ainda por cima precisava de uns quantos produtos faciais) levou-a a acolhê-lo em sua casa e a tentar integrá-lo na sociedade local. Edward conquista rapidamente o coração dos cidadãos, com os seus inumanos dotes de jardineiro e cabeleireiro, ao mesmo tempo que se apaixona por Kim, a filha do casal que o acolheu. Tim Burton contrárias e contraditórias e redefine a imagem conceptual do inadaptado. Exímio na caracterização, cenários, efeitos visuais e na direcção de actores, catapulta para a ribalta dois jovens que passaram a ser referências no meio e dois marcos assina no papel e dirige atrás das câmaras este clássico dos tempos modernos, uma espécie de conto de fadas amaldiçoado, sobre o amor e as suas barreiras. Visualmente magnífico, toca até o mais gélido coração, ao aliar na perfeição o drama romântico a um sentido de humor muito peculiar, distintamente envoltos num mundo de fantasia. A relação entre o humanóide e a Humanidade provoca transformações inesperadas, reacçõespersonificadores de uma geração. O enigmático Johnny Depp (que a partir de então se tornou no actor fetiche do realizador e num sinónimo de versatilidade para os seus colegas actores) e a doce Winona Ryder (que depois de uma ascensão meteórica, mas justificada, até ao estrelato, se tem perdido em casos com a justiça, desde drogas à pura cleptomania) encabeçam o elenco que conta ainda com os senhores Alan Arkin e Dianne Wiest, como os pais de Kim (Winona) e ainda o "brat pack" Anthony Michael Hall. Um daqueles filmes que só melhora com a idade e que não sucumbe à transformação etária da percepção humana. No meu caso, puro prazer nostálgico. Nota - 9/10.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Não me vão perder de vista!

A verdade é que é difícil perde-lo de vista, mas antes que isso aconteça deixo aqui um apelo à eternização deste mito do futebol português. Quem mais jogou em clubes como o Liverpool, o AS Roma ou o Benfica, estreando-se no Estrela da Amadora, passando pelo Bari, Real Oviedo, PSV Eindhoven, Everton, Galatasaray, Hannover 96 e Middlesbrough? Um amante incondicional do esteróide anabolizante Metandostrenolona, mais conhecido por dianabol, que o manteve afastado por 12 meses da competição (eram para ser 18, mas a relação estava a tornar-se obsessiva), teve como ponto alto da carreira oferecer um penalti ao melhor jogador do mundo dos últimos tempos, o Sr. Zizu, no Europeu de 2000. Logo de seguida foi conversar com o fiscal de linha e apanhou 9 meses sem jogar porque não tinha mais para oferecer (foi, no entanto, reduzido para 6). Cansado destas andanças atravessou o Atlântico, talvez o Pacifico, e estacionou em Los Angeles junto do seu irmão de coloração capilar, David Beckham. Agora com 35 anos, "Yellow Xavier", já bastante conhecido em Hollywood, tem em pré-produção o seu primeiro trabalho como Hitman: "Without Fear". Ele já tinha adiantado que ía entrar num filme com uma grande estrela de acção, ao que parece chama-se Fabian Carillo!!! O realizador tem no currículo alguns episódios duma série de 1989 chamada "The New Lassie". Será que vai ser melhor que o famoso "Double Team"? Ficamos à espera.

O sonho Magritte

René Magritte foi um pintor surrealista do início do Séc. XX. Uma época em que as pessoas ainda prestavam atenção a quadros e a pintores, talvez por via disso e não por simplesmente termos ficado mais burros é que as primeiras décadas do século passado trouxeram bem mais de novo para a pintura que as que se lhe seguiram. Mas divago! Falando de Magritte, talvez fosse bom deixar umas notas biográficas… mas disso já se encontra muito na net, deixo no final do post alguns links para os leitores mais ávidos.

Magritte dizia que quando olhava-mos para os seus quadros, nós espectadores, púnhamos sempre uma simples pergunta “que significa isto?”. E ele responde numa frase lapidar: “ Isto não significa nada, o mistério também não significa nada, é inconhecivel” inconhecivel como sinónimo de unknowable, palavra para a qual de momento me escapa melhor tradução (e assim sendo passo a inventar).


Esta é a génese da pintura surrealista e por ventura a génese de toda a arte. Tudo o que mais se diga é redundante ainda assim vou sublinhar aqui um pormenor: enquanto Salvador Dali distorce a imagem, a anatomia. Magritte nada distorce e os objectos parecem perfeitos na sua impossibilidade como se o pintor quisesse não eliminar a lógica do universo… apenas molda-la um pouco.

Enfim Magritte é um convite à imaginação e ao pensamento sobre o abstracto. Aqui fica mais um quadro, este é o homem cujo ego explode em novas e brilhantes ideias, o homem cego pela sua própria luz?



http://www.magritte.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Magritte

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

T2T est mort, vive LOTRO

Como me foi incumbido, ou pelo menos sugerido, a secção de jogos irei pelo menos neste primeiro post honrar a categoria.

Há alguns anos atrás muitos de vós devem ter jogado algo que em pouco tempo de tornou amado por uns e detestado por outros: um mud chamado "The Two Towers". O jogo em si é, para quem via jogar, uma aberração bizarra: um jogo em texto, sem imagens ou controlos visuais. A única razão que nos levou a joga-lo, e a gostar de o jogar, era o tema. O jogo passava-se na Terra Média, uma terra imaginária do mundo de Tolkien e da sua obra. Desde então nada me cativou tanto como esse jogo. Então começou a moda dos MMORPG (Massive Multi Player Online Role Playing Games).

Durante dois anos joguei World of Warcraft, um peso pesado na categoria, com 9 milhões de utilizadores mundiais. Um mundo persistente gigantesco, uma alternativa ao mundo real, com uma vida e economia própria.


Foi então que comecei a jogar Lord of the Rings Online. Este jogo utiliza muito dos conceitos utilizados em MMOs já existentes, melhorando-os (claro que esta opinião é subjectiva), e no total formando o melhor jogo para fans de Tolkien até então. Muitas as características deste jogo tornam-no ideal para jogadores casuais, para quem se quer divertir um pouco na Terra Média de vez em quando. Não há a necessidade de investir 10 horas por dia para obter equipamente decente, como em muitos outros jogos online, nomeadamente o World of Warcraft.

Passear por este mundo, ver os buracos dos hobbits, as cidades dos elfos, matar orcs e trolls (confesso que no meu nível ainda não matei nenhum troll, mas já vi quem matou :) ) é uma experiencia que aconselho a todos os interessados.

As imagens apresentadas são tiradas do jogo. Este pode ser jogado decentemente com um pc normal, mas para quem tiver oportunidade de jogar com os detalhes no máximo garanto uma imersão difícil de superar.

Gnomos no luar que faz selvas

Gnomos no luar que faz selvas
As florestas sossegadas,
Que sois silêncios nas relvas,
E em aléas abandonadas
Fazeis sombras enganadas,

Que sempre se a gente olha
Acabastes de passar
E só um tremor de folha
Que o vento pode explicar
Fala de vós sem falar,

Levai-me no vosso rastro,
Que em minha alma quero ser
Como vosso corpo, um astro
Que só brilha quando houver
Quem o suponha sem ver.

Assim eu que canto ou choro
Quero velar-me a partir.
Lembrando o que não memoro,
Alguns me saibam sentir,
Mas ninguém me definir.

-Fernando Pessoa-


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Óscares 2008

Teve ontem lugar a 80ª edição da entrega dos prémios de Hollywood, cá foi transmitido de madrugada pela TVI. O anfitrião de este ano foi Jon Stewart que já o tinha sido em 2006 e conduziu uma cerimónia calma, com as mais variadas homenagens aos vencedores das passadas edições, com as 5 músicas nomeadas a serem interpretadas ao vivo (como é hábito), com os habituais ataques politicos e paródias aos filmes deste ano. Este ano não havia nenhum nome com enorme peso em Hollyowood, nem o blockbuster que leva com as nomeações todas e arrecada a maioria. Foi no entanto, ou talvez por isso, um ano com grandes filmes, onde rivalizavam em primeiro plano "No Country For Old Man" dos irmãos Coen e "There Will Be Blood" de Paul Thomas Anderson, cada um com 8 nomeações. Entre as grandes surpresas surge o óscar de melhor actriz principal para a estreante Marion Cotillard, aqui estão os principais vencedores:

Melhor Filme : No Country For Old Man
Melhor Realizador: Ethan e Joel Coen por No Country For Old Man
Melhor Actor Principal: Daniel Day-Lewis em There Will Be Blood
Melhor Actriz Principal: Marion Cotillard em La Môme
Melhor Argumento Original: Diablo Cody por Juno
Melhor Argumento Adaptado: Joel e Ethan Coen por No Country For Old Man
Melhor Actor Secundário: Javier Bardem em No Country For Old Man
Melhor Actriz Secundária: Tilda Swinton em Michael Clayton

Os grandes vencedores foram os irmãos Coen que já tinham um óscar pelo argumento de "Fargo" de 1996 e mais algumas nomeações, mas que desta vez levam para casa 3 cada um. P.T. Anderson saiu derrotado, como já havia acontecido em 2000 com "Magnólia", sendo contudo premiada a inesquecivel interpretação de Daniel Day-Lewis, figura central do épico, e com o óscar para a melhor fotografia. "The Bourne Ultimatum" acabou por ser o segundo filme mais oscarizado, com 3 óscares nas categorias técnicas de montagem, som e edição de som.

Kyklos

"Chovem tristes lembranças, espalham-se e desaparecem na bota de cano alto. Espezinhadas ou simplesmente transportadas, darão o ar da sua graça num futuro próximo, enquanto a lei do eterno retorno continuar a desempenhar a sua função. Temos a forma e o conteúdo, sabemos identificar as suas diferenças, mas ainda assim não deixamos de as confundir. O que dizer do sentimento que a forma nos transmite ou da imagem que o conteúdo dá às coisas? Que existe, contudo, uma imutável diferença entre estes dois conceitos, um é visível e o outro não, ou pelo menos assim querem parecer... Saberemos reconhecer a sua chegada sem termos esperado pela sua vinda? Poder-se-ão apresentar permutados, invertidos ou alternados de forma a iludir a digestão do tempo? Nem sempre vemos as coisas com os mesmos olhos, há alturas que as não vemos de todo, mas sabemos que estiveram ou irão estar por lá, essas coisas ou loisas que se esbarram de quando em vez, uma vez por outra, há quem diga que às vezes, de encontro a nós. Mas as loisas são outro problema, de menor importância relativa aparente, são antagónicos híbridos de saia e barba que surgem de ambos os lados, qual anjo e demónio no Carnaval do Amazonas. Nos casos mais graves acabam por terra, a assinalar mais uma interrogação, ao generoso plano de concepção das vidas... (Bis)"

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Milan Kundera

Inicio aqui mais uma secção a falar de um dos maiores escritores contemporâneos, Milan Kundera, e da sua obra mais conhecida, "A Insustentável Leveza do Ser". Kundera nasceu a 1 de Abril de 1929 em Brno, na Checoslováquia, no seio de uma família erudita de classe média. Aprendeu a tocar piano e estudou musicologia, por influência do pai, até completar o secundário, altura em que entrou na Faculdade de Artes, onde estudou literatura e estética, transferindo-se depois para o curso de cinema da Academia de Artes Performativas de Praga. Kundera, que fazia parte do partido comunista Checo, foi por várias vezes acusado de praticar actividades anti-partidárias, tendo, por mais que uma vez, sido expulso e readmitido, juntamente com outros artistas Checos, vivendo por dentro a Primavera de Praga de 1968. Em Agosto do mesmo ano, assistiu-se à ocupação da Checoslováquia pelo comunismo soviético, altura em que foi adicionado à lista negra do partido e em que as suas obras foram automaticamente proibidas. Kundera tentou, com alguns amigos, acalmar a população e lutar contra o regime totalitarista, mas desistiu em 1975, altura em que se mudou para França, tendo-se tornado, cinco anos mais tarde, cidadão francês. O seu primeiro livro foi editado em 1967 com o nome de "A Brincadeira" e entre as suas obras mais conhecidas encontramos: "O Livro do Riso e do Esquecimento" de 1978, "A Imortalidade" de 1990, "A Lentidão" de 1993, "A Identidade" de 1998, "A Ignorância" de 2000 e o célebre "A Insustentável Leveza do Ser" de 1984. Os livros de Kundera têm, usualmente, uma elevada carga política e filosófica sendo este último um excelente exemplo. O romance conta-nos a história de Tomaz, Tereza, Sabina e Franz, as suas aventuras amorosas, os seus desgostos e a procura da felicidade, numa época conturbada para o seu país, como foi o ano de 68. Descreve a tensão politica que se vivia durante a ocupação, fala-nos do país, dos ideais, do comunismo russo, do kitsch, do amor, do sexo, do prazer, do sofrimento, do leve, do pesado, da compaixão, fala-nos de “personagens reais” que viveram esta história, que nos envolve ao longo de duas décadas das suas vidas, e nos transporta até Praga, Viena e Zurique. Kundera tem como característica narrativa, o facto de sair da história e nos por a pensar com ele sobre a própria história. O romance também habita o campo da psicologia e da filosofia, dando uma complexidade quase inebriante a cada personagem que nos transporta às mais variadas problemáticas, desde a dualidade leveza/peso de Parménides, ao eterno retorno de Nietzche. Fala-nos do destino e da liberdade, da impossibilidade de voltar a viver o vivido, ou mesmo de viver por inteiro. Trata-se de uma obra indispensável, de um autor incontornável, e de um autêntico clássico da literatura contemporânea.

Nota - 5/5

Curiosidade: O grande sucesso que o livro adquiriu, despertou o interesse da 7ª arte, e em 1988 estreou o filme com o mesmo nome, realizado por Phillip Kaufmann, com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche nos principais papéis (Tomaz e Tereza). Apesar de ter feito algum sucesso, sendo inclusivamente nomeado para os Óscares de melhor argumento e melhor fotografia, Milan Kundera proibiu, a partir de então, a adaptação cinematográfica dos seus outros livros.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PORTISHEAD EM PORTUGAL

É com todo o deleite que promovo mais uma secção nesta Terra de Idiotas.

Para quem não sabe a banda de Geoff Barrow e Beth Gibbons regressa a palcos nacionais, 10 anos depois de uma actuação no Festival Sudoeste.

Os concertos estão agendados para os dias 26 e 27 de Março, nos Coliseus do Porto e dos Recreios, respectivamente.

Considerada uma das mais importantes e influentes bandas dos anos 90, foi formada no ano de 1991 em Bristol, Inglaterra. Acompanharam nomes como os Massive Attack ou Tricky na popularização do trip hop.

O ano de 1999 marcou o início de um período sabático para os Portishead, depois da edição de dois álbuns de estúdio - Dummy, em 1994, distinguido com o Mercury Prize – que anualmente distingue o melhor álbum do Reino Unido e da Republica da Irlanda, e Portishead, em 1997- e um gravado ao vivo - Roseland NYC, de 1998.

Em 2005 participaram no concerto de beneficência em favor dos países atingidos pelo tsunami de Dezembro de 2004. No final do ano passado actuaram no festival All Tomorrow's Parties, onde estrearam cinco temas.

A 26 de Março iniciam uma digressão de apresentação do terceiro álbum de originais, que será lançado a 16 de Abril. Deste álbum apenas se conhece a tracklisting: Silence, Hunter, Nylon Smile, The Rip, Plastic, We carry on, Deep Water, Machine Gun, Small, Magic Doors, Threads.

Em baixo encontra-se o link para o myspace de PORTISHEAD e uma pequena amostra do que poderá vir a ser o concerto.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ovnis em Alvite e Cambres

Inicio então uma nova secção no blog, de acordo com o combinado. Pretendo colocar cá (e que coloquem cá) as "reportagens de guerra" de cada saída, do género da caça do grilo azul de São Macário (era assim?), eventuais saídas em fins-de-semana próximos ou relembrar algumas das saídas que já tenhamos feito há algum tempo (os 5 homens e 1 casal da Figueira da Foz, por exemplo).

Começo com uma saída que fizemos há uns anos num sábado à noite, creio eu, para ir "caçar OVNIS a Alvite", onde na prática passámos parte da madrugada a apanhar um bocado de frio, mandámos umas tantas bocas dos assuntos da altura (não era a mandar vir com qualquer coisa relacionada com o Joel ou Zé?) e ouvimos o André a tocar viola. Acho que terá sido também a primeira saída do Alex com o pessoal.

A segunda parte do post, e o que ainda devem estar a tentar descobrir ao que me refiro, é sobre OVNIS em Cambres. Sim, é verdade. É só verificarem o seguinte link de um testemunho e habitante da vila de Cambres, um tal de Pinto:
http://www.apovni.org/modules.php?name=News&file=article&sid=787&mode=thread&order=0&thold=0

Já sabem que costumo vasculhar este tipo de assuntos :) Site original (ainda não consegui ir a nenhuma palestra...):
http://www.apovni.org/index.php

Temos que montar um posto de observação para aqueles lados um dia destes à noite, pode ser que seja desta que caçemos um.

Nova Colecção do Público

Como apaixonado da 7ºa arte, fiquei profundamente entristecido ao deparar-me com o editorial do mês de Outubro de 2007, da revista Premiere que anunciava tratar-se do último número. Inexplicavelmente segundo o próprio editor, José Vieira Mendes, acabava sem qualquer razão a única publicação exclusivamente dedicada ao cinema no nosso pequeno Portugal. A revista que se encontrava a apenas quatro números de completar oito anos de existência, foi a primeira, a nível nacional, a associar a venda de DVD's nas bancas. Eu lembro-me de ir comprar o primeiro (ainda nem tinha leitor), e se a memória não me falha foi o "The Cider House Rules" (1999) do Lasse Hallström. Feita a dedicatória, é também de assinalar o trabalho que o Público tem feito neste campo. Para além do suplemento semanal "Ípsilon" que abrange as mais variadas artes, tem lançado uma série de colecções ao longo dos últimos anos de significativa importância. A mais recente começa amanhã e será possivelmente a melhor colecção que já lançaram. Com a chancela da prestigiada revista francesa "Cahiers de Cinéma" (por onde passaram nomes como Jean-Luc Godard, François Truffault, Jacques Rivette ou Éric Rohmer) surge a colecção público dos grandes realizadores, composta por 25 fasciculos semanais. Cada fasciculo trás um livro sobre um realizador e um DVD. Atenção que o preço anunciado dos 3,99 euros é apenas o de lançamento, os restantes são a 9,95...

15 de Fevereiro - Charlie Chaplin - The Immigrant + 4 curtas
22 de Fevereiro - Steven Spilberg - Minority Report
29 de Fevereiro - Martin Scorsese - Raging Bull
7 de Março - Sergio Leone - Il Buono, il Brutto, il Cattivo
14 de Março - Federico Fellini - Roma
21 de Março - Tim Burton - Edward Scissorhands
28 de Março - Francis Ford Coppola - Apocalypse Now Redux
4 de Abril - Jean-Luc Godard - Band à Part
11 de Abril - Woody Allen - Match Point
18 de Abril - Ingmar Bergman - Persona
25 de Abril - David Lynch - Blue Velvet
2 de Maio - François truffault - Baisers Volés
9 de Maio - Akira Kurosawa - Kagemusha
16 de Maio - Fritz Lang - O Testamento do Dr. Mabuse
23 de Maio - Roberto Rossellini - Viaggio in Italia
30 de Maio - Buster Keaton - The General
6 de Junho - Andrei Tarkovsky - O Sacrificio
13 de Junho - Billy Wilder - The Apartment
20 de Junho - Jean Renoir - La Grande Illusion
27 de Junho - Orson Wells - The Magnificent Ambersons
4 de Julho - Kenji Mizoguchi - O Conto dos Crisântemos Tardios
11 de Julho - Stanley Kubrick - Paths of Glory
18 de Julho - Sergei Eisenstein - O Couraçado Potemkim
25 de Julho - Michelangelo Antonioni - L'Eclisse
1 de Agosto - Manoel de Oliveira - Vale Abraão

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Rasto Perdido

Este é o primeiro post da minha província na Terra de Idiotas, assim vou aborrecer-vos um pouco com preliminares:

Resolvi chamar ao meu cantinho neste blog “Rasto Perdido”, faço-o porque tenho um gosto especial em falar sobre as coisas cujo significado e utilidade temos vindo a esquecer nos últimos anos (e não estou a falar de boas maneiras). Esta é uma área vasta e que se liga bem, qual tremoço à cerveja, a outras áreas deste blog e não só: é a parte da nossa herança cultural que por um motivo ou outro resolvemos meter na gaveta.
Desde sempre que temos deixado ficar coisas para trás, nas nossas vidas e também enquanto sociedade, tornando-nos umas vezes mais leves, e adaptados e outras… bem, outras vezes acabamos por ficar mais estúpidos.

Arrancando assim para o primeiro tema, hoje vou falar-vos de uma coisa que me ajudou a aprender inglês, a usar a imaginação, me fez rir durante horas e hoje ninguém faz a mais pequena ideia do que seja, estou a falar das antigas aventuras gráficas que tantos e agradáveis momentos da mais pura nerdisse me fizeram passar.

Estes jogos estão todos (ou quase) disponíveis para download gratuito na net: caso estejam interessados vejam estes dois links:

http://www.abandonwarering.com/

http://www.abandonia.com/

Claro que há muitos mais jogos velhos para download mas vão à secção aventura e vejam estas pérolas! Claro que não podem competir com grandes títulos a actualidade: não têm efeitos especiais, não tem animações dignas desse nome, não têm musica potente e não ocupam muito mais que uns míseros 30 Mb. Então são interessantes porquê? No fundo por nada! Trata-se de jogos que consistem na resolução de enigmas muitos deles marcados por um inabalável sentido de humor

O esquema é sempre muito semelhante: personagens com os quais interagir, objectos e um conjunto limitado de acções (abrir, fechar, empurrar, falar e pouco mais). Parece simples? Então experimentem!

http://www.abandonia.com/en/games/3/Indiana+Jones+and+the+Fate+of+Atlantis.html

Um dos meus preferidos é este Indiana Jones – Faith of Atlantis em encarnamos a famosa personagem de filmes e o ajudamos a encontrar a lendária cidade perdida tendo pelo caminho de lutar contra Nazis, conduzir balões e resolver toda a espécie de enigmas. Claro que para um fã de Quake ou Counter Strike este jogo é pura e simplesmente chato mas há muito boa gente que gosta de partir a cabeça com enigmas.... eu por exemplo!


http://www.abandonia.com/en/games/20/Monkey+Island+2+-+LeChucks+Revenge.html

Este será provavelmente o meu jogo preferido! Monkey Island 2 onde encarna-mos um pretendente a pirata cujo inimigo de morte é um pirata zombie com graves problemas de higiene pessoal. Caribe, zombies, piratas e toneladas de piadas simplesmente geniais.

A imagem em cima é parte das provas para te tornares pirata... Um concurso de escarretas em que terás de fazer batota.

Aqui temos um serrote... e uma perna de pau, o resto fica à vossa imaginação.

Bem agora que já me assumi como marrão em frente ao mundo vou voltar a jogar um poquito de Dune que acabei de sacar, a ver se 15 anos depois consigo chegar ao fim do jogo!

Editorial

Damos início a este blog a 13 de Fevereiro, 102 anos depois do nascimento de um dos maiores filósofos portugueses da História, o senhor Agostinho da Silva que defendia a liberdade do ser Humano, como a sua mais importante qualidade: "Chamo liberdade à minha ignorância do destino e destino ao meu ignorar da liberdade". No que diz respeito ao título, julgo falar por todos ao dizer que nos sentimos privados de alguma coisa e que esta terra sofre de idiotia. Já o "nosso" Zé, é apresentado aqui, mundialmente, como um revoltado contra a idiotice induzida. O idiota completo, ou profundo, parece apresentar um desenvolvimento inferior ao de muitos animais superiores, com uma capacidade intelectual infra-humana: não fala, nem compreende as palavras, tem os seus instintos muito prejudicados, mas há, no entanto, quem disfarce isto muito bem. Será o disfarce um sintoma de melhoria? Esperemos que sim, excepto o disfarce de idiota que alguns estagnados teimam em não largar. Este blog tem como objectivo ser o mais ecléctico possível, abarcando o maior número de temas que os colaboradores desejarem, sem qualquer tipo de propaganda e aberto às mais variadas discussões interessadas que advenham dos mesmos.