Três anos depois, Batman regressa, de novo com Michael Keaton no papel do homem-morcego. Apesar de já não termos Jack Nicholson, esta sequela apresenta um elencuo mais “composto”: Danny DeVito no papel do grotesco Penguin, Michelle Pfeiffer como a lângida Catwoman e Christopher Walken que encarna o megalómano Max Shreck, um homem de negócios corrupto que apoia Penguin na sua candidatura a Mayor, enquanto tentam destruir a imagem "veneratória" que a população de Gotham City tem de Batman. A misteriosa Catwoman, que apresenta um distúrbio de personalidade idêntico ao do herói, alterna ambiguamente entre o papel de vilã e o de companheira de Batman enquanto este tenta limpar o seu nome e ver-se livre dos mal-feitores. A visão que Burton nos dá de Gotham era a que se esperava após o primeiro filme. Em relação ao de estreia, apercebemo-nos que Michael Keaton tornou a sua personagem mais trabalhada, mais complexa, mais redonda, muito fruto da ausência do Joker, que o deixa aqui como o único protagonista. A personagem feminina também é mais influente que no primeiro, dando uma carga mais psicológica à relação com o herói, e Christopher Walken, que tem como maior problema escolher os seus papéis, se tem pela frente um bom, torna-o geralmente melhor. Qual é melhor? Apesar de não serem irmãos gémeos, Burton mostra-os como sósias. A prova é que vivem lado a lado no nosso imaginário cinematográfico, onde não constam as duas sequelas seguintes, que roçam, a espaços, o execrável. O argumento também não é brilhante e os resquícios da década passada já não se fazem notar. Apesar de muito aguardado, após o sucesso do primeiro, só os fãs rejubilaram na estreia, talvez por causa da epidemia quase generalizada da anti-sequela. Possivelmente não se completam, mas estão bem um para o outro… 7,5/10.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
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