domingo, 13 de julho de 2008

O Colosso de Maroussi

Apesar de uma obra menos conhecida de Miller (Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio, Primavera Negra, Sexus, Plexus, Nexus, entre outros), publicada em 1941 durante a Segunda Grande Guerra, trata-se duma viajem fascinante pela Grécia, que se refaz ainda da ocupação do Império Otomano de há mais de um século, na altura, e também pela Grécia Antiga, à medida que vai relatando os dois anos que por lá passou. Durante a sua estada, Miller vai visitar os mais diversos locais e cruzar-se com as mais variadas personagens, enquanto se revela um grande apaixonado pelo Povo e um fervoroso admirador do seu passado. Miller resolve ir para a Grécia depois de ser contagiado por uma rapariga que morava com ele em Paris; nas suas palavras: “Esta rapariga não é exactamente uma narradora de histórias, mas é uma artista de qualquer espécie, porque ninguém jamais me transmitira tão completamente a atmosfera de um lugar como ela me transmitiu a da Grécia”. Deixou a América e encontrou-se com o seu amigo, e também escritor, Lawrence Durrell, em Corfu, que o apresentou, entre outras figuras inesquecíveis, a Katsimbalis (o “Colosso de Maroussi”), um enorme contador de histórias. Pode não ser dos seus melhores livros, mas como disse Edmund Wilson, um famoso crítico literário, “É diferente de tudo o mais que alguma vez se escreveu antes acerca da Grécia. Miller é um escritor nato e vê as coisas como mais ninguém as vê”. Em suma, para quem gosta do autor e para quem foi, ou vai, à Grécia; pena já ser de 41... Nota - 3/5

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