terça-feira, 15 de julho de 2008

Horror Movies

Apesar de ser dos géneros que menos atenção dou, tenho que concordar com o mestre Stephen King, que escreveu recentemente para o Entertainment Weekly, sobre o porquê dos filmes de menor orçamento assustarem mais que os outros. Transcrevi para poderem opinar:

"While walking back to my Boston hotel after a surprisingly well-attended Tuesday afternoon showing of Bryan Bertino's horror thriller The Strangers, I found myself musing on what's scary and what's not. Whatever it is, The Strangers had enough of it to do incredibly well at the box office. But what makes such a little film with only one star (Liv Tyler) work in the first place? That the question interests me shouldn't amaze anyone, since I've worked in the scare-'em-silly field for years. And it must be of vital interest to Twentieth Century Fox, which this summer releases two movies in the genre with much higher budgets: The Happening and The X-Files: I Want to Believe. The Happening was better than I expected, but it wasn't as scary as The Strangers. As for The X-Files (out July 25)? Children, I have my doubts.

One thing that seems clear to me, looking back at the 10 or a dozen films that truly scared me, is that most really good horror films are low-budget affairs with special effects cooked up in someone's basement or garage. Among those that truly work are Carnival of Souls, Halloween, The Texas Chainsaw Massacre, Night of the Living Dead, and The Blair Witch Project. All cost almost nothing to make and earned millions, while their sequels and remakes were crap (Dawn of the Dead in both its incarnations being the exception that proves the rule).

Horror is an intimate experience, something that occurs mostly within oneself, and when it works, the screams of a sold-out house are almost intrusive. In that sense, a movie such as Blair Witch is more like poetry than like the ''event films'' that pack the plexes in summer. Those flicks tend to be like sandwiches overstuffed with weirdly tasteless meat and cheese, meals that glut the belly but do nothing for the soul. Studio execs, who not only live behind the curve but seem to have built mansions there, don't seem to understand that most moviegoers recognize all the bluescreens and computer graphics of big-budget films and flick them aside. Those movies blast our emotions and imaginations, instead of caressing them with a knife edge."

Se pensarmos bem, não há actualmente grandes nomes da representação associados ao cinema de terror como havia antigamente, quando ainda não se falava em "low" ou "high budget". Nomes como Boris Karloff e Bela Lugosi pontificavam em filmes dos incontornáveis James Whale e Tod Browning como Frankenstein ou Drácula. Do outro lado do Atlântico, de mãos dadas com o expressionismo alemão, F.W. Murnau, Fritz Lang e até Robert Wiene mostravam-se autênticos visionários do género, com obras-primas que ficaram para a história, como é o caso de Nosferatu, O Testamento do Dr. Mabuse e o Gabinete do Dr. Caligari. Mais tarde, Vincent Price e Christopher Lee eram a cara do terror nos Estados Unidos e até Alfred Hitchcock e Ingmar Berman fizeram a sua incursão no género tal como outros grandes realizadores. Mais tarde apareceram vários cineastas de culto, com um vasto número de seguidores como é o caso de John Carpenter, George A. Romero, Dario Argento, Sam Raimi, Peter Jackson, David Cronenberg ou Wes Craven que com reduzidos orçamentos faziam as delicias do público. A política do mainstream levou alguns deles e a muitos outros a fazer cinema medíocre, que nem as "massas" gostam, levando a autênticos fiascos de bilheteira. Irá o Wes Craven realizar o Scream 4? O Sam Raimi o Spiderman 4? Julgo que foi o Hitchcock que disse, que o segredo para assustar estava no que não se via, coisa que não se vê na maioria do terror que é feito hoje, e que vai de encontro com a posição do Stephen King.

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