“O que passou lá vai! Lá, onde? É que eu quero saber! Também gosto de me sentir desligado das coisas, mas daquelas que não me pertencem. Não tenciono olvidar o que fez de mim a existência que sou. Não consigo apreciar a indiferença em nada do que vejo, quando ontem estava indiferente a esses vistos. As relações causa/efeito não me deixam esvaziar a importância de certas coisas ou situações. O que passou lá vai, mas o que ficou está cá e como o outro, também vai acabar por ir e deixar marcas. Gostava de abraçar a indiferença sem me sentir indiferente a ela, como com a Catarina em 95. O que passou lá vai, mas recuso-me a esquecer um sentimento que desejo voltar a viver. Para a frente é que é o caminho, mas não o consigo imaginar a nascer por baixo dos meus pés. Caso fosse assim tão simples, não haveria sinais nem sinaleiros, indicações ou obrigações, em terra, em mar, no ar ou no fogo... é que mesmo assim os acidentes acontecem. Nasci, cresci, fodi e morri. Balbuciar do limbo frases ocas irascíveis, propensas mechas inoperantes e risíveis, é destino próximo, sina presente e fado passado. O que passou lá vai, mofino mas vai.”
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Caution: Indifference
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